Focado em 'vencer obscurantismo', Fux abre ano judiciário em sessão do STF

Sessão de abertura do Supremo contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro

Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 11:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nelson Jr/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco da sessão de abertura do ano judiciário na manhã desta segunda-feira (1º), recebendo presencialmente o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Presidente do STF, o ministro Luiz Fux fez o discurso de abertura, que teve como foco a crise que o país atravessa por conta da pandemia da covid-19. Após pedir um minuto de silêncio em homenagem às mais de 200 mil vítimas do coronavírus, Fux apresentou uma mensagem otimista.

"É tempo de valorizarmos as vozes ponderadas, confiantes e criativas que laboram diuturnamente, nas esferas pública e privada, para juntos vencermos essa batalha. Não tenho dúvidas de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus; a prudência vencerá a perturbação; e a racionalidade vencerá o obscurantismo", disse.

"Não devemos dar ouvidos às vozes isoladas, algumas inclusive no âmbito do Poder Judiciário, que abusam da liberdade de expressão para propagar ódio, desprezo às vítimas e negacionismo científico. É tempo de valorizarmos as vozes ponderadas, confiantes e criativas que laboram diuturnamente, nas esferas públicas e privadas, para juntos vencermos essa batalha", acrescentou.

Fux ressaltou que o STF não hesitará em ajustar o cronograma de julgamentos em "situações excepcionais" ligadas à pandemia. Além disso, o presidente da Corte também ressaltou que a pauta de julgamentos do primeiro semestre privilegiou casos que possam contribuir para a segurança jurídica de contratos, para a retomada da economia e para o reforço da harmonia entre estados, municípios, União e poderes da República.

Sessão híbrida Por conta da pandemia da covid-19, a sessão de abertura se deu de forma presencial e virtual. Estiveram no plenário, além do próprio Fux, os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques.

Participaram de maneira virtual os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, assim como o procurador-geral da República, Augusto Aras.