‘Foi violação e abuso sexual’, diz irmã de morta que teve corpo retirado de túmulo

Polícia gaúcha investiga caso de 'vilipêndio de cadáver'; corpo foi achado seminu

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  • Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 14:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Polícia Civil

Foto: Divulgação/Polícia Civil A Polícia Civil gaúcha investiga a violação de um túmulo e a hipótese de abuso sexual de uma mulher morta ocorrido no domingo (10), no cemitério Rincão da Madalena, em Gravataí (RS). 

O corpo foi retirado da cova e encontrado seminu por familiares, na manhã dessa segunda-feira (11), em uma área próxima.

Ao portal G1, o delegado Márcio Zachello informou que o corpo foi levado ao Departamento Médico Legal (DML) para perícia. "Retiraram o corpo, levaram a uma área verde que pertence à prefeitura e, pelos sinais, há indicativo de que possa ter sofrido algum ato com conotação sexual", afirma. "Vamos pedir ao IGP (Instituto Geral de Perícias) para complementar os indicativos iniciais".

Jaqueline Veras conta que sua irmã, uma mulher de 49 anos, foi levada às pressas, na manhã de sábado (9), para o hospital com insuficiência respiratória. Aposentada por invalidez devido à Síndrome de Raynaud e com esclerose sistêmica, a mulher tinha apenas 40% da capacidade de um pulmão para respirar.

Sem responder ao aumento do oxigênio, ela morreu no final da manhã de sábado e foi enterrada no dia seguinte, às 11h.

"A gente achou um pouco estranho porque o caixão ficou acima da terra. Colocaram pouca terra, bem ralinho", relata Jaqueline ao G1.

Após isso, ela voltou para casa para descansar. Um dia depois de sepultar a irmã, acordou com a ligação de uma cunhada pedindo que fosse ao cemitério, pois havia recebido uma ligação anônima de uma pessoa não identificada que garantira que o corpo da irmã não estava no túmulo.

"Quando cheguei, o corpo não estava dentro do caixão. Estava tudo quebrado", descreve. Foto: Divulgação/Polícia Civil 'Estado lamentável' Jaqueline conta que o marido, dois irmãos e dois sobrinhos perceberam um rastro de terra e seguiram em direção a uma clareira. Quatro quadras de lápides depois, encontrou uma roupa pendurada, que era a saia que tinha colocado na irmã, e logo em seguida o corpo da vítima.

Jaqueline afirma que a irmã estava com a parte inferior do corpo despida e as pernas abertas, com as mãos cruzadas sobre o peito, em um "estado lamentável". Ela não suspeita de furto, já que a irmã não tinha nenhum pertence enterrado com ela."Não tinha nada para roubar. Foi violação e abuso. (...) Pensei que tinha ressuscitado. Quando vimos a roupa, que caímos na real, e soubemos que tinham pegado para abusar", afirmou.Investigação O delegado Zachello diz que ainda não há suspeitos pelo crime, mas que, quando for identificado, o autor deve responder por “vilipêndio de cadáver”. A pena por este crime varia de um a três anos de prisão.

A Prefeitura de Gravataí afirma que a vigilância do cemitério é feita por uma empresa terceirizada e que "foi notificada para que explique o ocorrido". As informações são do G1.