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Força Tarefa da SSP chega a aldeia indígena em que adolescente foi morto na Bahia

Polícia vai determinar petrímetro para patrulha; delegado ouvirá testemunhas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 12:03

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Alberto Maraux/SSP

Equipes da Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública visitaram nesta quinta-feira (15) a aldeia indígena em que um adolescente de 14 anos foi morto, na região de Prado, extremo sul da Bahia. A ideia é ouvir os relatos dos ataques os indígenas têm sofrido e criar um perímetro para patrulhamento das forças policiais. 

No local, o tenente-coronel Wildon Reis, comandante do Batalhão de Choque, e o delegado Paulo Henrique do Departamento de Polícia do Interior (Depin), designados pela SSP, selecionaram algumas testemunhas para prestar depoimentos na delegacia de Prado sobre o caso. 

"Estamos aqui para impedir novos ataques. O Batalhão de Choque dará todo apoio às unidades territoriais e especializads da PM e também nas investigações. A missão é por tempo indeterminado", declarou o tenente-coronel, Wildon.

O delegado Paulo Henrique disse que as informações das testemunhas serão essenciais para solucionar o crime. "Identificar e prender os autores do assassinato são as nossas prioridades", diz.

Crime O indígena foi vítima de disparos de arma de fogo no fim da madrugada do domingo, dia 4, em uma fazenda no município do extremo sul da Bahia. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o registro é fruto de invasão do Território Indígena Comexatibá por grupo de pistoleiros, com ao menos cinco homens armados com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo. No conflito, os invasores ainda alvejaram outro adolescente, com um tiro no braço e outro de raspão, o jovem foi encaminhado a um hospital da região.  Secretário de Assuntos Indígenas do Prado, Xawâ Pataxó conta que o grupo de grileiros somava mais de cinco homens em dois carros. A invasão do Território Indígena Comexatibá aconteceu após retomada indígena de terras em 1º de setembro. A situação se acirrou depois da iniciativa de reconquista de territórios originários. A que aconteceu neste final de semana é a quinta desde junho.  “Muitos indígenas estão com medo, alguns estão em aldeias nos interiores mais próximos à floresta no próprio território e outros estão amedrontados sem poder sair de suas comunidades até para comprar alimento. Estão com dificuldade em comprar alimento porque se [saírem dos territórios] correm risco de ser mortos”, denuncia. 

A APIB ainda aponta para a falta de demarcação no território tradicional Pataxó. “Cansados de esperar, no mês de junho de 2022, aconteceu a ocupação pacífica de uma área do território que era explorada pela monocultura de eucalipto. A partir de então, houve vários ataques aos Pataxó [...]  mas sem qualquer providências por parte dos órgãos públicos de segurança”.