Fórum vai discutir soluções sustentáveis para o semiárido

Dos 417 municípios baianos, 265 têm parte de seu território na região mais seca

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  • Victor Longo

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 07:46

- Atualizado há um ano

Dos 417 municípios baianos, 265 têm parte de seu território na região do clima semiárido. No entanto, os governantes ainda não encontraram soluções sustentáveis para os graves problemas climáticos, como a longa seca vivida nos últimos anos. Desafios, soluções e cases de sucesso sobre como tornar o Semiárido uma região produtiva serão apresentados e discutidos amanhã no quarto e último dia de palestras e debates do Fórum Agenda Bahia 2013. Com o tema Semiárido Produtivo, o seminário contará com palestras de especialistas, governantes e representantes de empresas. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas através do endereço eletrônico ibahia.com/agendabahia. O fórum está sujeito à lotação.No período da manhã, o Agenda Bahia contará com palestras como a de Natoniel Melo, chefe geral da Embrapa Semiárido, braço da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com foco na região. Ele falará sobre casos de sucesso de produção agrícola no Semiárido, com foco no território baiano.“Um exemplo é a fruticultura irrigada do Norte da Bahia”, disse. Ele ainda falará sobre as potencialidades para o cultivo de hortaliças em regiões com altitudes elevadas, como é o caso da produção da Chapada Diamantina. “Aquela região também tem pesquisas sobre variedades novas para vinhos”, contou.Para  Natoniel, o Semiárido merece uma atenção especial dos governantes. “Tem que se investir em políticas públicas permanentes e estruturantes para aquela região. Não pode ser uma coisa que muda de um governo para o outro, mas políticas de estado”, considerou. “O que se observa é muita descontinuidade. O Semiárido chama a atenção quando tem uma grande seca, depois se esquece”, critica. “O Semiárido é uma região muito rica, é preciso valorizar a diversidade de oportunidades que existe na região”, considerou.O CEO da Geomining Brasil Consultores Associados e ex-presidente da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, Agamenon Dantas, concorda. “Falta uma ação coordenada dos órgãos governamentais no sentido de fazer estudos geológicos detalhados do Semiárido”, afirmou.Segundo ele, não existe uma “solução mágica” para o Semiárido, mas as soluções variam de acordo com as microrregiões e é preciso estudá-las detalhadamente. “Em cada dez poços de água subterrânea furados no Nordeste com estudos geológicos sérios, oito dão água”, disse. “Nos últimos anos, a média tem sido de 1 ou 2 a cada 10 poços furados”, criticou.No período da tarde, ele falará sobre a atividade da mineração e o conhecimento geológico do subsolo brasileiro. PROGRAMAÇÃO DE AMANHà

Seminário Semiárido Produtivo - Local: sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no Stiep

9h às 9h40 Murcia, Região Agroindustrial de Êxito na Espanha: Exemplo do Uso Eficiente da Água em Agricultura Intensiva, com Antonio Alarcón, Universidade Politécnica de Cartagena, na Espanha

9h50 às 10h20 Alto Sertão - Programa Catavento, um Case de Sucesso, com Mathias Becker, presidente da Renova Energia

10h30 às 10h45 De Uauá para a Europa: Umbu Exportação, com Adilson Ribeiro, presidente da Coopercuc

10h45 às 12h30 Painel I: Semiárido Interligado e as Novas Oportunidades de Negócios, com Eduardo Salles (Seagri), José Carlos Navas Fernandes (Via Bahia), Natoniel Franklin de Melo (Embrapa Semiárido)

14h às 14h30 A Atividade da Mineração e o Conhecimento Geológico do Subsolo Brasileiro, com Agamenon Dantas, CEO da Geomining Brasil

14h40 às15h10 A Riqueza do Sertão - Case Maracás, com Kurt Menchem, diretor-executivo da Largo Resources

15h10 às 17h Painel II: O Potencial Mineral da Bahia, com James Correia (SICM), José Ângelo dos Anjos (Unifacs), Agamenon Dantas e Kurt Menchem