Fóssil de dinossauro gigante é encontrado em obra de ferrovia no Maranhão

Ossos que podem pertencer a um titanossauro foram achados em bom estado de conservação durante as escavações em Davinópolis.

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  • Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2021 às 20:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Brado

Um fóssil de dinossauro gigante foi encontrado durante a escavação para a construção de uma ferrovia no município de Davinópolis, no sudeste do Maranhão. A ossada ainda não foi identificada, mas pode pertencer a um titanossauro.

Do gênero dos saurópodes, o titanossauro foi um dos gigantes a caminhar pela terra há milhões de anos, segundo os cientistas. Se confirmada a sua autenticidade, a descoberta revelaria vestígios sobre a passagem desses animais no Brasil, no período Cretáceo. 

"Já encontramos fósseis de titanossauro na região da Ilha do Cajual, que fica próximo a São Luís (MA), com 97 a 95 milhões de anos, coletados nos anos 90. Mas a descoberta é sempre de pedaços pequenos, quebrados e isolados. Esse de Davinópolis possui membros encontrados mais próximos e mais preservados", disse o paleontólogo da Universidade Federal do Maranhão, Manuel Alfredo.

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O fóssil foi achado no mês de abril, durante a construção de uma ferrovia que deve fazer a ligação de Davinópolis com a cidade de Sumaré (SP). A remoção foi feita no início de setembro.

De acordo com o g1, o professor e paleontólogo Elver Luiz Mayer, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) enviou equipes de pesquisadores ao local de obras após funcionários da ferrovia entrarem em contato. Na região, foi encontrado um fêmur de mais de 1,5 metro, pés e mãos, costelas, além de vértebras do animal.

De acordo com os cientistas, o tamanho estimado da espécie encontrada em Davinópolis é de 18 metros de comprimento.   "Os titanossauros viviam em manadas e pesavam até mais de 40 toneladas. São caracterizados por terem pescoço longo, cabeça pequena, e herbívoros. Podiam atingir a altura de até 8 metros, e o comprimento excedia os 20 metros", explica Manuel Alfredo.

Os achados foram encaminhados para a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, onde continuarão sendo analisados pelas equipes do professor Elver Luiz.