Gasolina já supera os R$ 9 em algumas regiões do Brasil

Bolsonaro justificou reajustes e diz que não vai dar 'canetada' para congelar preços

Publicado em 12 de outubro de 2021 às 12:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Silva / CORREIO

Após mais um reajuste no preço da gasolina, anunciado pela Petrobras no último dia 8 de outubro, o preço do combustível já supera os R$ 9 em alguns postos de Curitiba, capital do Paraná. De acordo com o portal Capitalist, esse é possivelmente o maior preço praticado em todo o Brasil.

O grande motivo para o alto preço do combustível é a paridade de preços adotada pela Petrobras, que emparelha os reajustes dos combustíveis às oscilações do dólar e à cotação internacional do petróleo. Com isso, a gasolina fica sujeita à especulação internacional e a variação cambial.

Isso fez com que o preço médio de venda da gasolina por litro para as distribuidoras subisse de R$ 2,78 para R$ 2,98.

A alta é de 7,19% no valor do combustível que, segundo a companhia, conseguiu manter estabilidade nos preços sem gerar desabastecimento durante 58 dias. Já no caso do gás de cozinha, a subida foi de 7,22%, com o preço saindo de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg.

De acordo com a Petrobras, os reajustes “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

Bolsonaro diz que não vai dar 'canetada' Jair Bolsonaro justificou os reajustes no último dia 8 de outubro, durante a 1ª Feira Brasileira de Nióbio, realizada em Campinas (SP). Ele disse que não pode congelar os aumentos à base de canetadas.

“Reclamam do Brasil, aumento do preço de mantimentos, de combustível. Ninguém faz isso porque quer. Não tenho poder sobre a Petrobras. Não vou na canetada congelar o preço dos combustíveis. Muitos querem, mas já tivemos experiência de congelamento no passado”, declarou o presidente.

O mandatário ainda afirmou que a apesar de o Brasil ser autossuficiente no setor do combustível, não é possível rasgar contratos. “Quando se fala em combustível, somos autossuficientes. Ah, mas por que o preço atrelado ao dólar? Eu posso agora rasgar contratos?”, declarou.