Governo do Pará retoma buscas por desaparecidos no Rio Moju

Esta foi a terceira vez que a ponte foi atingida por uma balsa

Publicado em 7 de abril de 2019 às 15:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Fernando Araújo / Agência Pará

Na manhã deste Domingo (7) foram retomadas as buscas por desaparecidos, após a queda de parte da ponte sobre o rio Moju, que fica na altura do quilômetro 48 da Alça Viária, no Pará. Estrutura desabou na madrugada de sábado (6), após um de seus pilares ser atingido por uma balsa. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os trabalhos foram retomados às 7h30.

No início da noite de Sábado (6), os bombeiros encerraram as buscas sem encontrar possíveis vítimas do acidente.

Segundo o Corpo de Bombeiros, dois veículos que passavam pelo local, por volta das 2 horas da manhã de Sábado, caíram no rio. Pelo menos cinco pessoas estão desaparecidas após a queda.

Ainda no sábado, o governador Helder Barbalho (MDB) decretou estado de emergência. "Isso nos dará mais agilidade frente as demandas que estão surgindo", justificou.

Também como parte das providências tomadas pelo governo do Estado, serão colocadas defensas - protetores de pilares - em todas as pontes do complexo da alça viária.

Barbalho também vai autorizar obras para que a Estrada do Quilombola seja uma alternativa para veículos de passeio e ônibus. "Isso vai requer a construção de uma ponte que já foi autorizada", acrescentou. Esta foi a terceira vez que a ponte foi atingida por uma balsa. Foto: Fernando Araújo / Agência Pará Mais cedo, o governador convocou representantes de diversos órgãos da segurança pública para discutir ações para acelerar o resgate das vítimas do acidente. Pela manhã, o governador sobrevoou a área ao lado do coronel Dilson da Polícia Militar (PM), do coronel Hayman e do secretário de Segurança do Estado, Ualame Machado.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) vai acionar judicialmente a empresa proprietária da balsa que colidiu com a ponte. Há dois meses, já é realizado trabalho de reparos na ponte que sofreu danos por constantes choques de embarcações.

Kory Melby, um consultor do agronegócio baseado em Goiania, afirmou que a ponte que caiu integra a principal rota rodoviária que conecta regiões produtoras de grãos do país com os portos na região norte. Melby disse que o tráfego de barcaças que chegam dos rios Tocantins e Amazonas não foi afetado pela queda da ponte, referindo-se às operações portuárias em Vila do Conde e Barcarena, no Pará.