Governo incentiva plantio de cacau com R$ 2,13 bilhões para investimentos

A Bahia é o principal produtor com 116,1 mil toneladas

Publicado em 14 de junho de 2017 às 18:45

- Atualizado há um ano

Os agricultores que trabalham com cacau, poderão contar com R$ 2,13 bilhões em crédito de investimento para a implantação, manutenção e melhoramento das lavouras em sistemas florestais ou agroflorestais. A iniciativa faz parte do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), anunciado no último dia 7, durante o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2017/2018.Em 2016, a produção brasileira ultrapassou 214,7 mil toneladas de amêndoas secas de cacau, em uma área de 707,2 mil hectares, de acordo com um levantamento do IBGE. A Bahia é o principal produtor com 116,1 mil toneladas, seguida de Pará (85,8 mil toneladas), Rondônia (5,2 mil toneladas) e Espírito Santo (5,5 mil t). O plantio com incentivo do ABC só era permitido na região da Amazônia, mas através do programa foi ampliado para as outras regiões do país, principalmente Bahia e Espírito Santo.O Departamento da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira) destaca que esse investimento é uma atitude inovadora pois o cacau é uma árvore nativa da Floresta Amazônica e de boa convivência com as florestas nativas. O projeto estabelece um limite de até R$ 2,2 milhões por produtor de cacau, com taxas de juros de 7,5% ao ano e com prazo de pagamento de até 12 anos.O Brasil permanece como o sétimo produtor de cacau do mundo, atrás da Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Equador, Camarões e Nigéria. A expectativa é que o país importe 60 mil toneladas de amêndoas em 2017. As plantações de açaí, oliveira e nogueira também estão inclusas no Programa ABC.