Grande Salvador tem maior prévia da inflação para setembro em 21 anos

No Brasil, índice acelerou e já é o pior para setembro desde início do Plano Real

Publicado em 24 de setembro de 2021 às 11:40

- Atualizado há um ano

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A prévia da inflação de setembro na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi a maior para o mês de setembro em 21 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo IBGE. 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,89% na RMS. É a segunda vez seguida que o índice mostra aceleração em relação ao mês anterior (foi 0,85% em agosto e 0,74% em julho). Também é o maior índice nos 21 anos desde que começou a série histórica, no ano de 2020.

Apesar disso, o índice ainda ficou abaixo do registrado no Brasil, que foi de 1,14%, maior para um mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994. Entre os locais pesquisados, foi o segundo menor índice - ficou acima apenas da Região Metropolitana de Fortaleza (0,68%).

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o IPCA-15 da RMS está em 6,67% - abaixo do Brasil, que acumula 7,02%. É o maior acumulado anual do estado desde 2016. 

Considerando os 12 meses que se encerram em setembro, a alta é de 9,08% na RMS. No Brasil, esse acumulado já ultrapassou os dois dígitos, chegando a 10,05%.

Transportes e moradia puxam inflação para cima Em setembro, houve aumento dos preços médios de todos os noves grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, fato que não acontecia desde 2016.

O grupo de transportes (1,48%) foi o que mais puxou a inflação para cima, com destaque para aumento médio de 39,59% das passagens aéreas.

A segunda maior influência na alta foi o grupo de moradia (1,18%). A energia elétrica (2,52%) foi o fator mais relevante nesse grupo para o aumento.

Por outro lado, os alimentos, embora continuem em alta, desaceleram em relação a agosto (0,44% agora contra 1,09% no mês passado). Mesmo assim, itens relevantes como café moído (12,95%) e frango inteiro (4,95%) tiveram aumentos que pressionam a inflação.