Grêmio protesta com máscaras e pede paralisação do Gaúcho devido ao coronavírus

Renato Gaúcho sugere greve de jogadores

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2020 às 16:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação

O Grêmio se mostrou insatisfeito pela não paralisação dos jogos do Campeonato Gaúcho em meio à pandemia do novo coronavírus que assola o mundo. Antes do duelo contra o São Luiz, vencido pelo time tricolor de virada por 3x2 neste domingo, os jogadores e o técnico Renato Gaúcho entraram em campo de máscara, em sinal de protesto. O clube entende que o campeonato deve ser suspenso pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF). A suspensão seria uma medida preventiva que evitaria a propagação do Covid-19. "Temos que ver se vai paralisar (o campeonato) ou não. Espero que sim porque nós jogadores não somos imunes ao vírus. Vamos ver o que a federação vai fazer pra que todos fiquem bem", afirmou em entrevista ao SporTV o meia Thiago Neves, que marcou o seu primeiro gol com a camisa do Grêmio na vitória deste domingo. O jogo na Arena Grêmio foi realizado com portões fechados por determinação da FGF. A decisão valeu para todos os jogos da rodada do Campeonato Gaúcho e também da Divisão de Acesso, a segunda divisão estadual. A entidade avalia se vai manter os estádios sem público nos demais jogos ou se adota outra medida. "Tem que parar o futebol, não é só o público que corre risco, nós jogadores também", analisou o zagueiro Paulo Miranda. Ele também balançou as redes na partida.

O técnico Renato Gaúcho sugeriu, inclusive, uma greve dos jogadores, caso as federações não paralisem as competições: Nas capitais de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, também houve jogos sem torcida e nenhuma partida foi suspensa ou adiada. Em Limeira, no interior paulista, o duelo entre Inter de Limeira e Palmeiras foi aberto ao público. Na Europa, todas as principais ligas de futebol estão paradas. Clubes e os organizadores dos campeonatos vão discutir o futuro das competições nos próximos dias. Seguindo a onda de paralisações de eventos esportivos ao redor do mundo, a Liga dos Campeões e a Copa Libertadores também foram suspensas. Os países com mais casos de pessoas infectadas pelo coronavírus na Europa são a Itália e a Espanha, incluindo atletas profissionais como Daniele Rugani, da Juventus, e Ezequiel Garay, do Valencia. Os governos desses países adotaram meditas restritivas e decidiram pelo confinamento da população em meio à rápida expansão do vírus.