Greve dos caminhoneiros impacta escoamento da safra de cacau na Bahia

Oxigênio chegou em hospitais

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 26 de maio de 2018 às 13:04

- Atualizado há um ano

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A greve dos caminhoneiros afeta o escoamento da safra de cacau. Nas indústrias processadoras da amêndoa na Bahia verificou-se queda significativa nas entradas, informa a consultoria TH Cacau, especializada na commodity.

Os números ainda estão sendo contabilizados. “A queda se dá por causa do cacau do Pará que vem para a Bahia e está parado nas estradas”, disse o consultor Thomas Hartmann.

Mas comerciantes baianos afirmam que há dificuldade em conduzir as amêndoas até às indústrias, e que isto provoca quebra do fluxo de caixa das pequenas e médias empresas compradoras, impossibilitando aquisição e pagamento do cacau ao produtor.

ACOMPANHE EM TEMPO REAL A SITUAÇÃO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS

Neste ano a Bahia perdeu a primeira colocação na produção nacional de cacau para o Pará, que, segundo divulgou este mês o IBGE, deve colher 114,8 mil toneladas em 2018 (49,5% da produção nacional), enquanto a Bahia ficará com 103,2 mil toneladas.

Os caminhões de oxigênio que estavam bloqueados nas rodovias baianas e precisavam abastecer hospitais públicos da Bahia conseguiram chegar na madrugada desta sexta-feira aos seus destinos.

A situação mais preocupante era em Juazeiro, norte da Bahia e onde os duas maiores unidades hospitalares, o Hospital Regional (gestão estadual) e o Hospital Materno-infantil (municipal), só tinham estoque de oxigênio para ficar até o meio dia desta sexta.

O governo da Bahia informou que nenhuma unidade hospitalar do estado passa por problema de desabastecimento de oxigênio.