Hacker invade aulas virtuais de colégio baiano e exibe conteúdo pornográfico

Criminoso tem atrapalhado as aulas com ameaças e xingamentos aos alunos

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  • Da Redação

Publicado em 3 de março de 2021 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ilustrativa/Agência Brasil

Um hacker vem atrapalhando, nas últimas semanas, as aulas virtuais de um colégio particular em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O criminoso invade a sala on-line e então exibe conteúdos pornográficos e até ameaça e xinga os estudantes.  

Segundo o relato da mãe de um dos alunos feito à TV Bahia, o primeiro ataque aconteceu no dia 19 de fevereiro, em uma confraternização antes do início das aulas. Uma semana depois, as invasões se tornaram mais sérias. O CORREIO entrou em contato com familiares de alunos matriculados no colégio e todos alegaram, anonimamente, que a escola não tomou as medidas adequadas para conter as invasões.

"É algo que já acontece há algum tempo. No começo não tinha essas imagens [pornográficas], o que faziam era mudar as contas dos alunos, mandar figurinhas para quebrar o andamento da aula e coisas assim. Mas foi ficando mais agressivo com o tempo. Faziam xingamentos, ameaças e agora começaram com os vídeos", disse um dos familiares.

O hacker iniciou os ataques com ameaças, citando o nome dos alunos e dizendo que iria conseguir acesso aos e-mails, telefones e endereços deles. Depois, passou a fazer xingamentos e até mesmo a exibir vídeos de sexo explícito na tela. Mesmo sendo retirado da sala virtual, o criminoso consegue retornar, interrompendo constantemente as aulas.

O Colégio Acadêmico, unidade Vilas do Atlântico, publicou uma nota de repúdio ao acontecimento que vem causando transtornos e constrangimentos para a comunidade escolar. A unidade informou que utiliza a plataforma do Google G-Suite For Education e que todas as medidas cabíveis para a solução do problema já foram tomadas.

Por meio da nota, o colégio afirma ainda que o suporte oficial da plataforma já foi notificado e que as senhas de todos os alunos foram trocadas.   

“Infelizmente, estes episódios vêm acontecendo em todo o mundo e nenhuma Instituição está isenta de ataques: órgãos governamentais e da Justiça, como o Congresso Nacional e o próprio STF já passaram por este problema, além de outras Instituições de Ensino, no mesmo ano de 2021”, diz o comunicado. 

Procurada pelo CORREIO, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada nesta segunda-feira (01) e um procedimento foi instaurado para apurar o fato. A coordenadora da instituição de ensino esteve na 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) e relatou o ocorrido.  

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela. Colaborou o repórter Vinícius Nascimento