Hang pede restrição a AliExpress, Shein, Shopee e Mercado Livre no Brasil

Ele assina documento junto com outros empresários contra sites com produtos chineses

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  • Da Redação

Publicado em 23 de março de 2022 às 16:30

. Crédito: Agência Brasil/Marcelo Camargo

"Contrabando Digital", é assim que alguns empresários brasileiros descrevem o negócio de importadoras que vendem produtos chineses como AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre. Um grupo com grandes nomes do varejo brasileiro, formado por Luciano Hang, dono da Havan, Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multilaser, e outros, apresentaram uma denuncia contra as plataformas ao ministro da Economia Paulo Guedes e ao presidente Jair Bolsonaro.

A prática conhecida como "cross border", segundo esses empresários, constitui uma concorrência desleal de produtos importados para as empresas locais. A pauta ganhou força o suficiente para ser apresentada à Procuradoria Geral da República (PGR), segundo o Estadão.

O material da apresentação cita uma “construção de engenharia de como burlar a Receita”. O grupo reivindica que os consumidores sejam taxados pelo governo no momento da compra, e não quando o produto importado passa pela Receita Federal e entra no país, uma vez que, de acordo com dados do grupo, as importadoras burlam a fiscalização e apenas 2% das entregas são devidamente taxadas.

O documento contou com o apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).

As empresas importadora que têm representantes no Brasil (Mercado Livre, AliExpress e Shoppe) afirmaram que atuam em conformidade com as leis locais, além de cobrar que os vendedores também estejam.