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Homem sofre acidente e hospital entrega pernas amputadas à família em caixa de papelão

Caixa em que membros foram transportados dizia: 'Membro inferior direito sem o pé e membro inferior esquerdo com o pé'

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  • Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 15:09

. Crédito: Reprodução

Um pedreiro, morador de Tocantins, sofreu um acidente e teve as duas pernas amputadas no domingo (9). Os membros do paciente foram entregues aos parentes em uma caixa de papelão, segundo informações do g1.

Em um recado que acompanhava a caixa, um recado: "Membro inferior direito sem o pé e membro inferior esquerdo com o pé. Obs: falta um pedaço da perna direita também".

O homem estava em uma motocicleta com a namorada quando sofreu o acidente. Ele perdeu uma das pernas no local. A outra foi amputada no Hospital.

Uma sobrinha do paciente informou ao g1 que foi chamada durante a noite à unidade de saúde para assinar um termo e ficar com os membros."O hospital nos entregou em mãos. Disseram que se a gente não recebesse para enterrar eles iriam descartar no lixo hospitalar. Não avisaram nada de que iriam enterrar ou incinerar tudo direitinho. Aproveitaram da fragilidade do filho, do irmão, que acabaram de passar por uma situação muito grave. Muito constrangedor isso aqui", disse, e preferiu não ser identificada."O funcionário que foi lá tinha 14 anos de serviço e disse que isso nunca tinha acontecido. Que quando entregam o membro eles pegam no necrotério", disse ainda.

"O filho que recebeu o material está em estado de choque. Chamamos a funerária porque não sabíamos o que fazer. Receber o resto de uma pessoa e enterrar no fundo de um quintal? Era 30% do corpo dele. As duas pernas inteiras", disse ao portal.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que houve falha na comunicação sobre o descarte dos membros e lamentou a situação. Disse ainda que, nesses casos, uma empresa é responsável pelo descarte, mas "a equipe multiprofissional não soube explicar o trâmite à família, que decidiu levar os membros", diz nota ao g1.

O homem foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Palmas (HGP). Os membros foram levados ao Cemitério de Paraíso do Tocantins na manhã desta segunda-feira (10), mas não foram enterrados por causa da ausência de documentos exigidos para um sepultamento.

Segundo a SES, todas as unidades hospitalares estaduais seguem um protocolo padrão dentro das resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 306 (2004) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 358 de (2005).

"Em caso de amputações a equipe multiprofissional da unidade hospitalar informa aos familiares sobre a necessidade do procedimento para a manutenção da vida do paciente e no ato é dada à família a escolha de levar os membros ou deixar a cargo do serviço de saúde, o descarte dos mesmos", informou a SES.

Quando o hospital é responsável pelo descarte, ele ocorre através de empresa especializada contratada para a realização do serviço, e o material não é tratado o material como lixo comum.