'I AMazonia': Letreiro de Amsterdã protesta contra desmatamento no Brasil

Ato do Greenpeace chamou atenção de turistas e moradores na Holanda

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  • Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 19:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marten van Dijl/Greenpeace

O famoso letreiro "I AMsterdam", localizado em frente ao Museu Nacional de História e Arte dos Países Baixos da capital holandesa, foi substituído durante um ato de protesto da ONG de ativismo ambiental Greenpeace. A ação foi iniciada em junho, a fim de levar a mensagem contra o desmatamento da Amazônia e o apoio aos povos indígenas a uma escala mundial.

As letras foram trocadas por "I AMazonia", algo como "Eu sou Amazônia", e chamou atenção de turistas e moradores de uma das mais famosas capitais europeias.

Segundo o Greenpeace, o ato é um recado ao presidente Jair Bolsonaro que tem registrado recordes de desmatamento da Amazônia.

A organização também lançou a petição "Salve a Amazônia", que tem como objetivo barrar a liberação de áreas de conservação ambiental e desmonte do Ibama, que têm trazido consequências diretas ao meio ambiente.

A placa, que tem 22 m de altura, foi retirada da frente do Museu Rijksmuseum em dezembro de 2019 após 14 anos. A alegação das autoridades municipais era de que o letreiro causava concentração de pessoas no local, que é um dos principais destinos dos turistas.

“Apenas quando uma coisa se vai é que percebemos o quanto sentimos falta. A icônica placa atraiu a admiração e as lentes das câmeras de milhões de pessoas em todo o mundo. Ao trazê-la de volta como 'I AMazonia', o Greenpeace não apenas pede a proteção urgente da maior floresta tropical remanescente no mundo, mas também envia uma forte mensagem de solidariedade ao povo indígena e comunidades tradicionais que protegem a Amazônia contra o desmatamento", afirmou Sigrid Deters, ativista de florestas e biodiversidade da seção holandesa do Greenpeace. 

O estado do Amazonas declarou na sexta-feira passada situação de alerta ambiental. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirma que a Amazônia é o bioma mais afetado pelas queimadas, com 51,9% dos casos. 

Ainda de acordo com o Greenpeace, a floresta tropical perdeu cerca de 18% do seu território. A Amazônia é um dos principais pilares da luta contra a mudança climática. Tendo 2 milhões de km² é um grande repositório de dióxido de carbono.