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IBGE adia fim de coleta do Censo por falta de recenseadores

Pesquisa, que seria finalizada este mês, terá conclusão em dezembro

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  • Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2022 às 18:49

. Crédito: (Divulgação IBGE/Prefeitura de Aliança-PE)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta segunda-feira (3), que o Censo Demográfico de 2022 precisou ser adiado por conta da falta de recenseadores. A previsão era de encerrar a pesquisa no final deste mês de outubro e, agora, o prazo de encerramento ficou para meados de dezembro.

Quem divulgou a informação foi o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, por meio de um vídeo publicado no site do instituto. “A coleta começou em 1° de agosto. Nossa previsão de término era em meados do mês de outubro, entretanto, hoje, dia 3, nós estamos com pouco mais de 50% da população do Brasil recenseada. Diante disso, tomamos a decisão de prorrogar a entrega do Censo até início de dezembro, com o compromisso de entregar os resultados no final do ano”, afirmou. 

O número de recenseadores atualmente está em 95.448, o que corresponde a apenas 52,2% do total de vagas disponíveis e previstas para a operação. “A nossa grande dificuldade está no recrutamento de recenseadores. Portanto, o IBGE está tomando decisões importantes para aumentar a possibilidade de recrutamento e concluir o Censo de 2022”, explicou Azeredo. 

Na Bahia, 80,6% das vagas originais para recenseadores estão ocupadas (10.070 agentes de 12.485 vagas). Em Salvador esse percentual é, em média, de 70,4% (1.843 preenchidas de 2.617 vagas).

O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 36,8% do número de vagas ocupadas. Já Sergipe está com 68,8% dos postos ocupados. “Estamos pensando em novas estratégias e alternativas de recrutamento, a fim de alavancar e melhorar a produtividade nos estados com menor percentual de população recenseada”, esclarece o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

O IBGE já contabilizou 104,4 milhões de habitantes até a manhã desta segunda-feira (3), sendo 51,9% mulheres (54,2 milhões) e 48,1% homens (50,3 milhões). Esse total corresponde a 48% da população estimada de 215 milhões de pessoas. Desse número de pessoas entrevistadas, 42,0% estavam na Região Sudeste; 27,0% no Nordeste; 14,3% no Sul; 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste. Se comparar esse Censo Demográfico de 2022 com o de 2010, nota-se um ritmo bem mais lento. Em apenas 57 dias de coleta de dados, a pesquisa de 2010 já havia recenseado 154 milhões de brasileiros.

Na Bahia  A Coordenadora de Divulgação do Censo na Bahia, Mariana Viveiros, explicou que a decisão de adiar a entrega da pesquisa acontece por conta de problemas que alguns estados do país enfrentam, não necessariamente a Bahia. “A Bahia está em uma situação muito mais confortável e melhor que os estados onde de fato estamos com problemas para contratar recenseadores, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e alguns estados do Sul, em que estamos trabalhando com um percentual de recenseadores muito baixo diante das vagas oferecidas”, relatou. 

Viveiros explicou que o IBGE não sabe o motivo da baixa adesão dos recenseadores, mas admite que existe uma série de fatores que levam as pessoas a não se interessarem por esse trabalho. “Uma das questões possíveis é que esses problemas surgem em estados que têm condições melhores de mercado de trabalho, com opções mais interessantes em termos financeiros ou por ser algo permanente. Existe muita falta de interesse nesses locais citados”, comentou. 

A coordenadora afirmou ainda que existem outros problemas que atrasam o Censo, como a recusa das pessoas ou quando o recenseador não encontra os moradores nas suas casas, mas que isso acontece em todas as pesquisas e que o problema principal deste ano é a falta de recenseadores. 

“A Bahia não está com problemas nesse sentido, temos áreas com menos recenseadores em Salvador e temos um certo impacto negativo por conta disso, mas no estado como um todo não temos esse problema. Estamos em um ritmo acima da média. O Nordeste como um todo está com um ritmo melhor, mas vai ser importante esse tempo extra”, acrescentou. 

Entre 1º de agosto e a manhã de 3 de outubro, o Censo Demográfico 2022 já visitou 83,1% ou 4,4 milhões de residências da Bahia, constituindo o 4º maior percentual entre os estados do país. A população baiana recenseada (8.510.836 pessoas) representa 57,2% do total estimado para o estado (14.873.064 pessoas), sendo o 9º maior percentual entre as 27 unidades da Federação e acima do nacional (49,7%). Além disso, depois de dois meses de recenseamento, a Bahia mantém a maior população quilombola (214.652 pessoas) e a segunda maior população indígena (129.686 pessoas) do Brasil.