IBGE prevê redução de 1,1% na safra baiana de grãos para 2021

Prognóstico estima quedas nas produções de milho e algodão no estado

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 12:04

- Atualizado há um ano

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A safra 2021 de cereais, leguminosas e grãos deve ter uma redução de 1,1% na Bahia, segundo o primeiro prognóstico feito pelo IBGE, divulgado nesta terça-feira (10). Segundo a projeção, a safra deve ficar em torno de 9,8 milhões de toneladas no ano que vem, diante de 9,9 milhões de toneladas para 2020. 

Dentre os principais produtos do estado, há previsão de aumento na produção de soja, em 5,5%, e do feijão 1ª safra, de 0,1%, no ano que vem. Já o algodão herbáceo terá queda de 18,3%, estima a pesquisa, e o milho 1ª sagra terá queda de 2,8%.

Apesar da queda geral, há perpectiva de uma quebra positiva de recorde com a soja no estado. Caso se confirme, o aumento previsto para a soja baiana em 2021 deve levar a uma safra recorde do produto (6,402 milhões de toneladas), por conta do crescimento de 3,7% da área plantada (de 1,620 milhão para 1,680 milhão de hectares) e de 1,7% no rendimento médio (de 3.746 para 3.811 kg/hectare).

O estado deve contribuir para o aumento previsto de 4,6% na produção brasileira de soja, que deve chegar a 127,1 milhões de toneladas em 2021, segundo este primeiro prognóstico, com aumento de 1,2% na área a ser plantada e de 3,3% no rendimento médio.

Outubro ainda com recorde histórico Para o mês de outubro, houve uma pequena queda em relação a setembro, de 0,5%. Mesmo assim, a safra baiana de grãos esse ano segue a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 19,7% (ou mais 1.629.585 toneladas) em relação à safra de 2019 (8.283.660 toneladas).

A diminuição pequena de setembro para outubro foi causada por revisões para baixo em três produtos: algodão herbáceo (-15 mil toneladas ou -1,0%), feijão 2ª safra (-30 mil toneladas ou -16,3%) e soja (-50 mil toneladas ou -0,8%).

Houve, por outro lado, uma revisão positiva para milho 2ª safra, que aumentou em 35 mil toneladas (ou 5,7%), chegando a 650 mil toneladas. Isso representa um aumento de 135,5% frente à safra de 2019 (276 mil toneladas).

Com os dados de outubro, a Bahia segue tendo este ano a sétima maior produção de grãos do país, correspondente a 3,9% do total nacional. A liderança é do Mato Grosso, com 28,9% do total.