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Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2019 às 23:28
- Atualizado há 2 anos
O apetite por risco no cenário internacional e a perspectiva positiva para a economia brasileira deram fôlego ao Índice Bovespa no período da tarde e o indicador voltou a renovar seu recorde histórico de fechamento. Segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a cautela com os fortes ruídos políticos ficou em segundo plano em um ambiente de apostas na retomada do ciclo econômico doméstico - a semana que será marcada pela divulgação de resultados trimestrais de peso, como os da Vale e da Petrobras.>
Depois de uma manhã morna, com oscilações contidas em meio ao vencimento do mercado de opções, o Ibovespa acelerou os ganhos na segunda etapa dos negócios e fechou aos 106.022,28 pontos, com ganho de 1,23%. O recorde anterior havia sido registrado em 10 de julho (105.817 pontos no fechamento). Os negócios somaram R$ 18,8 bilhões, incluindo os R$ 5,988 bilhões movimentados no exercício de opções.>
Para Glauco Legat, analista da Necton Investimentos, a segunda-feira não chegou a apresentar noticiário de relevo, mas um conjunto de fatores alimenta a expectativa de que as ações serão a classe de ativos com melhores chances de retorno para o investidor em 2020.>
"Em um ambiente negativo para a América Latina, o Brasil tem se mostrado um mercado resiliente. O investidor local já comprou bolsa e falta o ingresso do estrangeiro, mas foi um sinal bastante positivo para o mercado a notícia de que o EWZ (principal ETF brasileiro) teve um ingresso de US$ 126 milhões em uma semana, a maior entrada em oito meses", disse Legat.>
O profissional lista uma série de fatores que vêm animando o investidor além das reformas estruturais, como a cessão onerosa, os leilões de energia e os movimentos para o novo marco do saneamento, entre outros. Tudo isso ocorrendo em um período de ciclo de queda de juros. Nesta tarde, a Caixa Econômica Federal informou que antecipará para 2019 os pagamentos a todos os trabalhadores do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com a mudança anunciada nesta segunda, R$ 40 bilhões que seriam liberados até 2020 serão injetados já em 2019>
"Há um esforço do governo no sentido de implementar medidas no lado micro. Várias delas não terão efeito imediato na economia, mas apontam para o lado positivo. O cenário político preocupa, pois mostra uma briga muito forte, mas não está fazendo preço", afirma o profissional.>