Iemanjá: saiba qual vinho harmoniza com feijoada, moqueca ou acarajé

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  • Paula Theotonio

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 11:15

- Atualizado há um ano

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A Festa de Iemanjá, maior celebração religiosa dedicada à Rainha dos Mares, acontece, este ano, em um sábado! Um convite irrecusável aos fiéis, soteropolitanos ou turistas, que poderão curtir a programação do Rio Vermelho desde a madrugada até o anoitecer. E para quem gosta de vinhos, uma oportunidade para testar harmonizações inusitadas – com moqueca, feijoada e acarajé.

De antemão, um aviso: são as harmonizações mais comentadas e polêmicas e, aqui, vão algumas sugestões da sommelière Juliana Britto.

Primeiro, vamos ao acarajé. Segundo a especialista, o bolinho de feijão frito em dendê, com vatapá e camarão, vai muito bem com um espumante rosé. “A fritura e as texturas do acarajé pedem harmonizações bem específicas. É necessário um vinho leve, mas com bastante acidez para limpar a gordura do dendê da boca; e os rosés do Mediterrâneo possuem estrutura e mineralidade na medida certa para a iguaria”, indica a especialista. Que tal degustar um espumante rosé geladinho com acarajé? (foto/divulgação) Caso você não encontre a indicação, pode apostar também em um espumante elaborado com a Glera, mesma uva do Prosecco. Na boca, as texturas se tornam macias e os sabores seguem em equilíbrio, respeitando as particularidades da comida e da bebida.

Agora, a moqueca. Para Juliana, a melhor indicação seria um vinho elaborado com a uva Chardonnay e que tenha um estágio considerável em barricas de carvalho. “A untuosidade da bebida combinará combina bem com a textura delicada do peixe, realçando os sabores mais marcantes dos temperos da comida”, destaca Juliana. O Chardonnay reforça os sabores do azeite de dendê na moqueca (foto/divulgação) A feijoada, por sua vez, pede um bom tinto. Mas a escolha do rótulo requer alguns cuidados: “Devemos optar por taninos macios. Taninos mais intensos não caem bem com o sal da feijoada, gerando um sabor metálico na boca. Portanto aposte em vinhos com estágio em carvalho de até seis meses, o que consequentemente trará um componente a mais na harmonização: o sabor defumado das carnes combinará muito bem com o leve amadeirado do carvalho”, avisa a especialista.

Entre as indicações, estão vinhos com a uva Cabernet Sauvignon, que possui boa estrutura e acompanha bem a gordura das carnes e embutidos. Tintos elaborados com a Syrah, pelas suas características mais “picantes”, também podem ser uma boa combinação. Garrafas com a uva Pinotage, típica da África do Sul, combina estas as duas características e é uma excelente aposta. Experimente trocar a cervejinha por um tinto macio (foto/divulgação) Há quem indique um bom e velho espumante para uma harmonização de contraste com a feijoada: a leveza e acidez borbulhante da bebida versus a densidade aromática e gordura da comida. A ideia é maravilhosa, até porque se trata de uma bebida festiva e refrescante em pleno verão da Bahia. Mas há um pulo do gato: vá direto para os que são elaborados no método tradicional ou champenoise, que possui mais estrutura para receber a comida.

RÓTULOS

Acarajé:

* Ponto Nero Live Celebration Glera (R$ 39,90)

* Arte Tradicional Brut Rosé 2016 (R$ 61,50)

Moqueca:

* Blasons De Bourgogne Chardonnay 2015 (R$ 120)

* Casa Valduga Terroir Leopoldina Chardonnay 2016 (R$ 68,50)

Feijoada:

* Yali Wetland Reserva Cabernet Sauvignon (R$ 52,90)

* The Beach House by Douglas Green Shiraz (R$ 83,10)

* Out of Africa Pinotage (R$ 98,80)

* Casa Valduga RSV Brut 2016 (R$ 85,40)