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Além da cidadania o rapaz também ganhou um emprego e deverá trabalhar no corpo de bombeiros
Publicado em 28 de maio de 2018 às 15:18
- Atualizado há um ano
O imigrante malinês Mamoudou Gassama, de 22 anos, ganhou a atenção do mundo inteiro, no último sábado (26), quando escalou um prédio no norte de Paris para evitar a queda de um menino de apenas 4 anos. Nesta segunda-feira (28), ele se encontrou com o presidente Emmanuel Macron e ganhou não só a cidadania francesa como um emprego no corpo de bombeiros.
O vídeo que registou o salvamento viralizou na internet. As imagens mostram que ele só precisou de cerca de 30 segundos para escalar os quatro andares usando os braços. Assista abaixo:
Para o presidente francês, este foi um ato excepcional, e por isso, todos os documentos de Mamoudou deverão ser regularizados para dar início ao processo de cidadania francesa. “Você se tornou um exemplo para muitas pessoas, é normal que a nação demonstre seu reconhecimento”, declarou o presidente Emmanuel Macron.
Macron tem recebido diversas críticas desde que tomou a postura de tratar mais severamente os casos de imigrantes ilegais no país e favorecer suas expulsões.
Gassama assumiu ter agido por impulso “porque se tratava de uma criança e ele gosta muito de crianças”, de acordo com a Rádio França Internacional. Ele conta que no momento não avaliou o risco. “Ouvi as buzinas, os carros em volta buzinarem, atravessei a rua para salvá-lo e graças a Deus consegui”, declarou. Ao jornal “Le Parisien”, o imigrante malinês disse que “vai à academia, corre com frequência e joga futebol”.
Em entrevista o canal BFMTV, o ‘homem-aranha’ malinês que sentiu medo instantes após ter salvado a criança. “Fui para a sala do apartamento e comecei a tremer. Precisei me sentar e perguntei ao menino porque tinha feito aquela bobagem. Ele não me respondeu”.
O menino, que logo foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, saiu ileso e só perdeu uma unha. Gassama sofreu apenas alguns arranhões.
O pai da criança, de 36 anos, foi detido para interrogatório. Ele disse que deixou o garoto sozinho em casa por “alguns minutos” para fazer compras. A mãe não estava em casa. A Justiça retirou temporariamente a guarda do menino da família.