Incêndio atinge fábrica de toldos em Simões Filho

Equipes do Corpo de Bombeiros estão no local realizando o trabalho de combate às chamas

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  • Eduardo Dias

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 08:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Eduardo Dias/CORREIO

Um incêndio atinge uma fábrica de toldos desde às 5h da manhã desta sexta-feira (20), na região do Centro Industrial de Aratu (CIA), em Simões Filho. Quando o fogo começou, a M4 Estruturas Tubulares ainda estava fechada. Não há feridos no local. Também ainda não há informações sobre o valor do prejuízo.

Próximo à fábrica, está localizada uma unidade do Corpo de Bombeiros e a empresa Avon. Já atrás da fábrica funciona um posto de combustível. De longe, ainda é possível notar as chamas altas. No local, há muita madeira e lona. 

Equipes do Corpo de Bombeiros estão no local realizando o trabalho de combate às chamas. A todo momento carros pipas chegam para dar suporte às três viaturas dos bombeiros. 

De acordo com o Tenente BM Marconi Franco, os bombeiros foram acionados por um condutor de veículo que passava próximo ao local e viu as chamas altas. "Quando o vigilante, que chega por volta de 6h, apareceu com os donos da fábrica, as equipes já estavam no combate às chamas", informou. Foto: Eduardo Dias/CORREIO Ainda segundo o tenente, no interior da empresa, onde há quatro galpões, apenas um foi atingido parcialmente e o fogo consumiu os materiais classificados como classe A, ou seja, madeiras e estruturas para palcos e arquibancadas que são de fácil combustão.

"O incêndio está sob controle. Estamos combatendo as chamas com três viaturas e cerca de 30 bombeiros. São quatro galpões e um deles teve uma parte totalmente danificada. Estamos já na fase de resfriamento, pois se trata de um material que queima em superfície e em profundidade. Mas as chamas praticamente não existem mais", explicou.

Sobre a preocupação com os estabelecimentos que ficam nas proximidades do local do incêndio, a exemplo de um posto de combustível, o tenente afirmou que a situação era preocupante no início, mas que os esforços das equipes foram suficientes para impedir que as chamas seguissem em direção ao local. 

"No início, a proximidade com o posto de combustível nos preocupou, mas foi exatamente onde começamos o combate. O local em si preocupava bastante porque é de vegetação vasta e corria o risco do fogo chegar através dela ao posto", completou.

Um funcionário da fábrica, que não quis ser identificado, disse que ele e os demais colegas estão empenhados para ajudar no combate às chamas. Uma das preocupações dele é se terá o emprego garantido após o incêndio, já que teme que o fogo tenha proporções maiores.

"Tem um posto aqui no fundo, a preocupação das chamas se alastrarem é grande. Trabalho aqui há 10 anos, passo a maior parte do tempo aqui, é como a minha segunda família. Ainda não sabemos como vai ficar as coisas daqui para frente. Está nas mãos de Deus agora", relatou.

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) informou que equipes já controlaram o incêndio no galpão, onde realizam o combate e permanecem resfriando outros três galpões que ficam no mesmo local. Ainda segundo o Corpo de Bombeiro, um deles contém líquido inflamável armazenado e também está isolado.

Três viaturas de combate a incêndio estão na ocorrência, além de quatro carros-pipa que permanecem dando suporte para o reabastecimento dos caminhões, que também estão sendo realizados em empresas próximas.

A equipe do CORREIO teve acesso a parte interna do galpão onde estava acontecendo o incêndio. No local, por volta das 10h da manhã, duas máquinas escavadeiras auxiliavam os bombeiros na retirada dos entulhos queimados para dar início ao procedimento de rescaldo das chamas.

Cerca de quatro carros-pipas entravam e saíam da fábrica na tentativa de abastecer as viaturas e auxiliar no combate ao fogo. O corpo de bombeiros não divulgou o total de litros de água que foram utilizados na operação.

A fábrica, que fica localizada no Centro Industrial de Aratu (CIA), às margens da BA-526 e da BR-324, é rodeada por outras indústrias de vários seguimentos que vai de fábricas de cosméticos, transportadoras e empresas de tintas.  

No local, era possível notar a presença de pilhas de ripas, caibros e muitos estrados de madeira, do tipo palete, empilhados próximo ao local onde o incêndio começou. No entorno da fábrica, o forte cheiro de fumaça tomava conta da localidade.

Na noite desta sexta, o Corpo de Bombeiros informou que já debelou e concluiu o rescaldo do incêndio. As equipes conseguiram preservar três galpões - um deles contendo liquido inflamável -  que não foram atingidos pelas chamas. Segundo informaram, pelo menos 30 bombeiros militares, além de três viaturas de combate a incêndio e carros-pipa atuaram no local. Foram utilizados ainda cerca de 80 mil litros de água. Ninguém ficou ferido e as causas do fogo ainda são desconhecidas

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro