Independência da Bahia: ainda tem muita programação virtual; confira

Documentário Balizando Dois de Julho será exibido nesta segunda-feira (6); exibição terá participação especial do ativista dos direitos humanos Jean Wyllys

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  • Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2020 às 21:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A Independência do Brasil na Bahia foi celebrada oficialmente na quinta-feira (2), Dois de Julho, com atos comemorativos simbólicos no Largo da Lapinha - apenas com autoridades civis e militares. A solenidade contou com as presenças do prefeito ACM Neto e do governador Rui Costa, entre outras autoridades e imprensa.

Mas, diante da impossibilidade da realização dos festejos e desfiles que marcam o Dois de Julho, por conta da pandemia da covid-19, a Prefeitura está promovendo uma agenda virtual para celebrar a data magna do estado.

A Fundação Gregório de Mattos (FGM), por exemplo, está disponibilizando em seu canal no YouTube uma programação recheada de atrações, durante seis dias, com direito à exibição de filmes, encontro de filarmônicas, videoaulas e rodas de conversas. Também estão acontecendo jogos educativos temáticos para crianças e adolescentes nos perfis da FGM no Instagram (@fgmoficial) e Facebook (/fgmcultura).

Nesta segunda-feira (6), às 8h, será exibido o documentário Balizando Dois de Julho (direção de Fabíola Aquino), que aborda a temática LGBT no desfile cívico da Independência da Bahia, sob a ótica das balizas gays e transexuais das bandas de fanfarra e toda comunidade. A exibição terá participação especial do ativista dos direitos humanos Jean Wyllys.

Às 10h, a garotada poderá se divertir com mais um dia do Brincando com o Dois de Julho. Às 14, será transmitida a videoaula "Mulheres da Independência: Episódio 4 - Caretas do Mingau", com a professora Vanessa Pereira.

Encerramento O último dia de atividades virtuais, na terça (7), terá início às 10h com o "Brincando com o Dois de Julho". Às 16h, a população poderá assistir ao bate-papo “Patrimônio É… A Independência do Brasil na Bahia”, que terá como convidados Antonietta D’Aguiar Nunes, Fábio Baldaia, Fred Dantas, Rita Barbosa e mediação de Edvard Passos, no canal do Youtube da FGM.

Mostra A Fundação Gregório de Mattos também promoverá a Mostra Fotográfica Virtual #clicknodoisdejulho. Até segunda (6), nas redes sociais da fundação, estão sendo postadas uma foto por dia, explicando os elementos da data cívica, com fotos de Marisa Vianna ilustrando.

Os seguidores podem participar postando em suas redes fotos do Dois de Julho de qualquer ano, usando a #clicknodoisdejulho e marcando a FGM no Instagram (@ fgmoficial) e Facebook (/fgmcultura). Na terça (7), será postado um álbum com as fotos selecionadas, durante a semana.

Adaptação O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, explica que a pandemia do coronavírus afetou, inevitavelmente, as comemorações pela Independência do Brasil na Bahia este ano e que o momento é de adaptação. “Nosso desejo era fazer uma festa incrível, mas estamos vivendo algo fora de esquadro no mundo. A festa do Dois de Julho é de aglomeração e acontece em ruas estreitas. Íamos nos esbarrar no risco muito grande para cidade, de contaminação, que não vale a pena. Nossa prioridade é preservar vidas”, destaca.

O jeito, acrescenta o gestor, é usar a criatividade para não deixar de comemorar, exibindo uma série de conteúdos online como forma de tentar manter a tradição, sob a ótica de novas perspectivas. “Perderemos um pouco do caráter da festa, mas ganharemos em conteúdo. Será uma oportunidade das pessoas mergulharem na data, no que ela é hoje e no que significou”, ressalta Guerreiro.

Tradição A Independência do Brasil na Bahia comemora o início da separação definitiva do país do domínio de Portugal pelas tropas do Exército e da Marinha Brasileira, em Dois de Julho de 1823 - ano seguinte ao anúncio da emancipação brasileira proclamada por Dom Pedro I (7 de setembro de 1822).

As batalhas em solo baiano contaram com amplo apoio da população e foram essenciais para expulsar as tropas portuguesas que insistiam em ocupar algumas províncias brasileiras. Dentre os nomes hoje lembrados pela vitória estão Maria Felipa, Sóror Joana Angélica, General Labatut e Maria Quitéria.