Inflação na RMS é a segunda mais alta do país em novembro

Com alta de 8,67%, gasolina foi a responsável por puxar alta da prévia da inflação de novembro

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  • Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 12:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo CORREIO

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 1,47% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em novembro. O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de outubro e 12 de novembro. Foi o IPCA-15 mais elevado para um mês de novembro, na RM Salvador, em 19 anos - desde 2002, quando havia ficado em 1,84%. Considerando todos os meses do ano, foi o maior desde fevereiro de 2016 (que havia sido de 2,26%).

Pela quarta vez consecutiva, o índice mostrou aceleração em relação ao mês anterior (havia sido de 1,10% em outubro, 0,89% em setembro, 0,85% em agosto e 0,74% em julho). A prévia da inflação de novembro na RMS foi ainda a segunda mais alta dentre as 11 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE, abaixo apenas do verificado no município de Goiânia/Goiás (1,86%). Ficou também acima do índice do país como um todo (1,17%).

No acumulado de janeiro a novembro de 2021, o IPCA-15 da RM Salvador está em 9,44%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (9,57%) e é o 6o entre os 11 locais pesquisados. A um mês do fim de 2021, o índice se mantém como o maior acumulado anual desde 2015, quando, de janeiro a dezembro, o IPCA-15 da RMS havia ficado em 9,53%.

Já nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA-15 acumula alta de 10,73% na RM Salvador, mantendo aceleração frente ao acumulado nos 12 meses encerrados em outubro (9,81%) e chegando aos dois dígitos. Nesse acumulado, o índice da RMS está igual ao do país como um todo (10,73%) e também é o 6º dentre os 11 locais pesquisados.

Gasolina puxa alta da prévia da inflação de novembro, na RM Salvador O IPCA-15 de novembro na Região Metropolitana de Salvador (1,47%) foi resultado de aumentos nos preços médios de todos os nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. O maior aumento no mês veio dos preços do grupo transportes (3,40%), fortemente puxado pelos combustíveis (8,83%), sobretudo a gasolina, que teve alta de 8,67% e foi a principal pressão inflacionária individual no IPCA-15 na RM Salvador. No ano, a gasolina tem um aumento acumulado de 39,59%.

A gasolina influenciou no aumento do etanol (8,75%), que também teve peso importante na prévia da inflação de novembro e apresenta o maior aumento acumulado no ano de 2021 dentre as centenas de produtos e serviços pesquisados para formar o IPCA-15 (47,27%). O diesel também mostrou alta significativa (11,50%) na prévia de novembro.

O grupo saúde e cuidados pessoais (1,38%) teve a segunda maior contribuição para o IPCA-15 de novembro na RMS, com influência dos produtos de higiene pessoal (2,76%), mas também dos medicamentos (produtos farmacêuticos, 2,34%).

Os custos com habitação também tiveram aumento relevante (1,32%) e exerceram a terceira maior pressão de alta no IPCA-15 de novembro, na RMS. Foram puxados fortemente pelo gás de botijão (4,70%), que teve o 12º aumento consecutivo (sobe desde dezembro de 2020) e acumula alta de 37,12% em 2021.

Já os preços dos alimentos tiveram importante desaceleração no IPCA-15 de novembro, registrando alta de 0,45% frente a 1,41% em outubro. Houve até deflações significativas em produtos importantes do dia a dia, como o pão francês (-5,89%), as carnes em geral (-0,62%) e a banana-prata (-5,35%). Ainda assim, o tomate foi o item que mais aumentou no mês (24,41%), na RM Salvador.