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Internautas fazem campanha para ajudar Jayme Fygura, que se recupera de atropelamento


 

Artista plástico conta que foi atingido por veículo na Rua Carlos Gomes, há seis meses, e ainda não recebeu dinheiro do DPVAT para bancar despesas médicas

  • Verena Paranhos

Publicado em 02/05/2017 às 14:50:00
Atualizado em 17/04/2023 às 01:33:04

O artista performático Jayme Fygura, em frente a seu ateliê no Centro Histórico, há cerca de 10 anos (Foto: Roberto Viana/Arquivo CORREIO)O artista plástico Jayme Fygura, um dos andarilhos mais conhecidos de Salvador, não tem sido visto pelas ruas. Vítima de um acidente na Rua Carlos Gomes, no Centro, há cerca de seis meses, ele sofre com dores na bacia e nas costas e depende da ajuda de amigos para despesas pessoais e medicamentos.

A fim de ajudá-lo, internautas que admiram o trabalho do artista estão promovendo nas redes sociais uma campanha para arrecadar dinheiro para o artista. Nomes como o cineasta Daniel Lisboa e o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, são alguns dos que apoiam a iniciativa. (Os dados bancários seguem abaixo).

“Eu vinha do Pelourinho, de madrugada. Me pegaram pelas costas. Depois disso, levaram minhas coisas também”, disse Jayme, ao relatar o incidente. Segundo ele, o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) ainda não foi liberado.

Além de dinheiro para sobreviver, o artista performático também precisa de apoio para comprar equipamentos e matéria-prima, como cobre, aço e ferro para produzir suas esculturas e instalações.

“Levaram minha máquina de solda. Meu ateliê no Pelourinho está vazio. Só tem lixo lá. Preciso de duas caçambas para tirar a sujeira e também que façam dedetização", comentou ele, que diz aguardar convites para expor seu trabalho. "Fico esperando alguém me convidar para fazer uma exposição, que me dê tela e tinta, máquina de solda”, completou.Jayme em foto recente, na escadaria da Igreja do Passo, nas proximidades do seu ateliê (Foto: Arquivo CORREIO)PerfilNascido no município de Cruz das Almas, no Recôncavo, Jayme Fygura tem 58 anos e utiliza o próprio corpo como expressão artística. Autodidata, ele trabalhou como desenhista em algumas gráficas de Salvador e assumiu de vez sua verve artística em 1992.

Depois de perder o emprego com a crise político-econômica do governo Fernando Collor, passou a usar uma espécie de armadura feita de diversos materiais metálicos. Poucos conhecem o rosto de Jayme, que também já teve uma banda.

ServiçoJaime Andrade AlmeidaBanco BradescoAgência: 2210Conta: 038116-0RG: 01108483-90