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Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2018 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Os 100 primeiros dias de atuação do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), no Rio de Janeiro ainda não conseguiram pacificar o estado. Pelo menos 11 índices de criminalidade cresceram entre fevereiro e abril deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. As informações foram divulgadas pelo G1. >
O GIF também não conseguiu ainda utilizar a verba de R$ 1,2 bilhão destinada pelo governo federal para a segurança pública no estado, anunciada desde março. Isso porque, de acordo com a reportagem do G1, a burocracia obrigou o gabinete a criar uma secretaria administrativa para a intervenção poder gerenciar a verba e os trâmites ainda não permitiram acesso aos recursos.>
Para trabalhar, o interventor, general Walter Braga Netto, contou com doações de armas e munições feita por empresários e com a estrutura das Forças Armadas para treinar policiais e recuperar viaturas da Polícia Militar carioca.>
Os homicídios dolosos subiram de 362 em 2017 para 395, este ano; enquanto o número de pessoas desaparecidas teve aumento de 947 para 1.131 casos. Os roubos a mão armada no estado subiram de 16.912 para 22.535 e os sequestros relâmpago contabilizados este ano somaram 25 casos, enquanto no trimestre analisado, em 2017, foram 16.>
Entre os tipos de crime que sofreram aumento há ainda os roubos de veículos, de telefones celulares, no interior do transporte coletivo e o roubo de cargas, que vem sendo motivo para diversas operações das forças de segurança em favelas cariocas.>
"A direção está certa e nossa avaliação é boa sobre a intervenção. Não cabe pedir paciência às pessoas, mas pedimos compreensão e confiança. Os índices estão baixando. A expectativa é que teremos uma redução significativa nos próximos dois, três meses", declarou ao G1 o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Gabinete de Intervenção.>
O presidente Michel Temer anunciou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro deste ano, após a aprovação da medida pela Câmara de Deputados e pelo Senado Federal.A estrutura do Gabinete da Intervenção é formada por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de civis.>