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Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2021 às 15:18
- Atualizado há 2 anos
A Bahia registrou 560 equipamentos de som apreendidos apenas no primeiro semestre deste ano, na Operação Sílere. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), que participa da operação ao lado das polícias Civil e Militar, o levantamento é de janeiro até o início de julho de 2021.>
Nesse período, foram feitas 18.943 por parte da população, através do Fala Salvador 156. Os bairros campeões de reclamações são Itapuã, com 581 denúncias, Paripe, com 540, Pernambués, com 526, e Liberdade, com 500.>
Segundo a subcoordenadora de fiscalização sonora, Márcia Cardim, os equipamentos sonoros apreendidos são encaminhados para depósitos da prefeitura e podem ser resgatados pelos infratores em um prazo de até 10 dias, com apresentação de defesa.>
“Existe uma comissão julgadora de auto de infração que vai analisar, sendo procedente, será taxado o valor do auto. A partir daí, o infrator efetua o pagamento do Documento de Arrecadação Municipal (DAM) e o equipamento sonoro é liberado para retirada”, explicou. >
A multa varia de R$1.068 a R$168 mil, a depender dos índices sonoros encontrados no momento da ação. De acordo com a lei, os equipamentos que não são resgatados pelos proprietários em um prazo de até 60 dias podem ser destruídos, leiloados ou doados pelo município.>
Embora a lei 5.354/98 permita utilização sonora em vias urbanas, com horários e decibéis estabelecidos, em condições normais, um decreto publicado em Diário Oficial suspende toda e qualquer tipo de atividade sonora no município de Salvador.>
“Durante a pandemia, existiram alguns períodos de flexibilização, autorizando o uso da atividade sonora desde que tivesse o licenciamento. Todo estabelecimento comercial ou logradouro público, para fazer qualquer tipo de atividade sonora, deve ter licença liberada pela Sedur”, afirmou Márcia.>
Apesar de haver uma diminuição no número de apreensões e denúncias, comparado ao mesmo período do ano passado, a subcoordenadora de fiscalização sonora alerta sobre a necessidade da conscientização da população.>
“Já houve uma redução, graças à intensificação das operações realizadas durante os finais de semana. Porém, por mais equipes que a Prefeitura disponibilize para fiscalizar, enquanto as pessoas não tiverem consciência do momento que a gente está vivendo, não vamos conseguir minimizar as consequências das aglomerações e da poluição sonora. Por isso, a gente clama a sociedade para que as pessoas entendam e respeitem o contexto atual, para que não haja um retrocesso”, finalizou a subcoordenadora.>