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Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2020 às 19:42
- Atualizado há 2 anos
Ao ser perguntado nesta sexta-feira (22) se entregaria seu celular em caso de uma determinação judicial, o presidente da RepúblicaJair Bolsonaro (sem partido) respondeu que “jamais” entregaria o aparelho. Segundo Bolsonaro, ele só entregaria o celular se fosse um “rato”.>
Bolsonaro deu as declarações em entrevista à rádio Jovem Pan, logo após a divulgação de vídeo da reunião ministerial realizada em 22 de abril. Nesta reunião, segundo o ex-ministro Sergio Moro, há provas de tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal.>
O material foi divulgado por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é o relator do inquérito que apura as acusações contra Bolsonaro feitas Moro.>
Em um trecho da entrevista, Bolsonaro também foi questionado sobre uma nota divulgada nesta sexta pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.>
Na nota, o ministro declarou que a eventual apreensão do celular do presidente seria “inconcebível” e poderá ter “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Heleno compartilhou a nota em uma rede social e Bolsonaro retuitou a publicação para que ela também aparecesse no perfil do presidente.>
Na manifestação, Heleno se referiu ao fato de, também nesta sexta, Celso de Mello ter encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos políticos e parlamentares à Corte. Nas notícias-crime os partidos pedem, entre outras providências, a apreensão do celular do presidente.>
Cabe à PGR decidir se pedirá a apreensão. É praxe que ministros do STF enviem esse tipo de ação para manifestação da procuradoria. Celso de Mello é relator do inquérito que investiga denúncias de que Bolsonaro interferiu politicamente na PF.>