Joana Prado se defende após polêmica de banheiro unissex nos EUA

Empresária e o marido, o lutador Vitor Belfort, foram criticados e até perderam patrocínio após vídeo nas redes sociais

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  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 16:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram

Joana Prado quebrou o silêncio após se envolver em uma polêmica sobre banheiro unissex nos Estados Unidos. No início do mês, a empresária postou um vídeo levando a filha para o banheiro de um estabelecimento comercial na Flórida, e demonstrou se sentir desconfortável em dividir o espaço com homens.

O caso repercutiu, e muitos seguidores acusaram Joana e o marido, o lutador Vitor Belfort, de transfobia. Nesta quarta-feira (20), a empresária publicou um novo vídeo e se defendeu. Ela disse que crítica foi distorcida e que essa não era a mensagem que queria passar. A intenção, segundo Joana, era mostrar uma 'preocupação de mãe'.

"Não posso permitir que minha mensagem seja distorcida. O vídeo jamais teve a intenção de ser transfóbico ou homofóbico. Em momento algum, eu questiono sua escolha sexual. (...) Inclusive, tenho na minha família um trans, que amo de paixão. Minha mensagem está longe de ser contra essas pessoas. O fato de eu ser cristã não me dá nunca o direito de fazer isso. O meu Jesus é o pai que ama, que respeita e que jamais aponta o dedo", começa Joana."A minha mensagem é de uma mãe preocupada com a segurança de suas filhas, pelo fato de elas poderem estar dividindo um banheiro público com um homem, e correndo o risco de serem molestadas ou até mesmo estupradas. A minha luta é contra a pedofilia, o abuso, a violência sexual. Não posso admitir que as minhas filhas de 12 e 13 anos de idade corram esse risco. Tenho pelo menos três amigas que foram abusadas sexualmente quando eram pequenas - inclusive, uma delas é gay. Minha luta é para que juntos a gente consiga evitar que isso continue acontecendo", continua.

Joana também lembra de Priscila Belfort, irmã de Vitor. Ela desapareceu em janeiro de 2004, aos 29 anos, após ter sido levada pela mãe, Jovita Belfort, para o Centro do Rio, onde mantinha um projeto social. Priscila teria dito aos amigos que ia almoçar e nunca mais foi vista.

"Como muitos sabem, minha cunhada está desaparecida há 20 anos e nós não sabemos se ela foi sequestrada, abusada ou se foi vendida para a indústria do sexo. Você que tem sã consciência entendeu o meu recado. Espero que se levante e lute comigo contra isso. Eu não estou preocupada com sua opção sexual, com sua cor ou sua crença. Mas sim com a conscientização a respeito da violência sexual. Do tráfico de pessoas que gera trilhões através da indústria do século", fala Joana.

O vídeo polêmico foi postado no dia 5 de outubro e gravado em um estabelecimento comercial na Flórida, nos Estados Unidos, país onde mora a família. "Eu entro aqui no banheiro com a minha filha, enquanto tem um homem aqui do lado? Dá medo, né? O que vocês acham disso?", questionou Joana.

Em resposta, Belfort também se posicionou contra o banheiro. "Isso é uma desgraça. Eu confesso que eu não vou mais nesse lugar. Amor, isso é o diabo puro. Vamos proteger", escreveu, nos comentários.

Após a repercussão negativa, o casal perdeu o patrocínio de uma das maiores marcas de vitaminas e suplementos do mundo, a Garden Of Life. De acordo com informações da colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, a decisão foi tomada por conta das críticas que a empresa recebeu sobre os dois. Joana criticou a saída do apoiador.

"Se empresas que me patrocinam estão mais preocupadas com o meio-ambiente do que com o cuidado e proteção do ser-humano, eu e minha família é que não queremos estar com essas empresas. Quero estar junto de empresas e pessoas do bem, que lutam pelas mesmas causas. E que juntos estaremos vendo uma vitória contra violência sexual e tráfico de pessoas. Amo todos vocês, não devo satisfação para ninguém, mas essa luta é minha, e é contra essas pessoas que sofrem. Vamos acabar com o tráfico de pessoas", finaliza.