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Gabriel Moura
Publicado em 24 de novembro de 2019 às 21:21
- Atualizado há 2 anos
Gamers, geeks, cosplayers e kpoppers. Além dos nomes gringos e complicados, o que essas tribos têm em comum é que todas estiveram reunidas na primeira edição do Indoor Games, que aconteceu se encerrou neste domingo (24). Lá eles puderam curtir shows, workshops, encontro com ídolos e, claro, muitos jogos.>
Durante três dias, cerca de cinco mil pessoas se dividiram entre as atrações. Tiago Copello, organizador do Indoor Games, classificou como um sucesso a primeira edição e garante que já planeja as próximas. O plano é, segundo ele, fazer com que o evento se torne anual, ou até semestral.>
“Foi uma experiência única, pois reunimos diversas comunidades, com as mais variadas pessoas e estilos. E Salvador necessita de eventos como esse. O público existe. Só de gamers, por exemplo, dezenas de equipes se inscreveram para o campeonato de League of Legends (LOL). Para as próximas edições, iremos focar no que a galera mais curtiu, mas sempre trazendo novidades”, projeta.>
A notícia da realização de mais edições da Indoor Games anima a estudante Juliana Moreira, 19 anos. Ela conta que, apesar de Salvador já ter eventos como o Gamepolitan, Anipolitan e Bon Odori, a cidade precisa abraçar mais essa comunidade.“Dveriam dar uma ampliada em eventos na área de games e cosplay. Precisam ter pontos voltados aos E-sports (esportes virtuais) também, pois é uma área que está tendo muita visibilidade e precisa de apoio. O LOL mesmo, apesar de ser o E-sport mais conhecido, tem poucas competições na Bahia e no Nordeste”, afirma. Por falar em competições de LOL, duas ocorreram durante o evento. Primeiro, o Campeonato Baiano, que deu R$ 3,2 mil em premiações e foi vencido pela Golden Vulpes. Já o Desafio Nordeste distribuiu R$ 6 mil e foi vencido pelos baianos da Zeta Esports. >
Cosplayers De todas as tribos presentes, a que menos economizou na preparação foi a dos cosplayers - nome dado a quem tem o hobby de se fantasiar de personagens da cultura gamer/otaku. A psicóloga Sabrina Sasha, 20, por exemplo, gastou mais de R$ 3,5 mil no seu look de Sindel, personagem do jogo Mortal Kombat.“Para eu me preparar, colocar peruca e maquiagem, levei duas horas. Mas acaba valendo muito a pena quando eu recebo o carinho do público, as pessoas pedindo para tirar foto… O prestígio é muito legal”, conta ela, que também costuma atuar como drag queen. Cosplay de Sindel (Foto: Betto Jr. / CORREIO) Já o estudante Guilherme Alex Gomes, 20, que foi de Capitão América, pede uma maior valorização à arte cosplay. “Muita gente acha que é só colocar uma roupa e pronto, mas tem um personagem para interpretar e alguém para se espelhar. Ainda existe um pouco de preconceito, gente pensando que é coisa de maluco, mas felizmente está diminuindo”, diz. Foto: Betto Jr. / CORREIO *Com orientação do editor João Gabriel Galdea>