Justiça decreta prisão preventiva de madrasta do menino Miguel

Mãe e madrasta confessaram que mataram o menino de 7 anos

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  • Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2021 às 15:09

- Atualizado há um ano

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A Justiça decretou na quinta-feira (26) a prisão preventiva de Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos, madrasta do garoto Miguel, sete anos, morto pela mãe e pela companheira dela em Imbé, no Rio Grande do Sul, em julho. As duas confessaram que jogaram o corpo do garoto no Rio Tramandaí, mas até hoje ele não foi localizado.

O pedido de prisão preventiva da madrasta foi feito na quarta, com a aproximação do fim do prazo da prisão temporária, para evitar a soltura dela. A Justiça acatou o pedido.

Imagens de câmeras de segurança flagraram as duas caminhando pelas ruas da cidade na noite do crime, levando uma mala onde estava o corpo do garoto.

Bruna e a mãe de Miguel, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, foram denunciadas no dia 17 deste mês por tortura, homicídio e ocultação de cadáver. 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul diz que o menino foi vítima de dias de tortura e sofrimento mental. No dia 29, as duas romperam "as articulações dos membros inferiores e superiores do corpo da vítima e a colocaram em uma posição semelhante à fetal, dentro de uma mala de viagem". Depois, foram até o rio e jogaram o corpo. (Foto: Reprodução) "Eu sou um menino horrível" O menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, era obrigado a escrever frases ofensivas em um caderno. A mãe da criança, Yasmin Rodrigues, de 26 anos, está presa após confessar ter matado a criança.

O caderno foi apreendido pela Polícia Civil no início do mês. Nele havia frases como "eu sou um idiota", "não mereço a mamãe que eu tenho", "eu sou ladrão, "eu sou ruim" e "eu sou um filho horrível".

De acordo com o G1, o objeto foi apreendido em um dos apartamentos onde Miguel morou com a mãe, no Balneário de Santa Terezinha e outro no centro de Imbé, no Rio Grande do Sul. Além do caderno, a polícia também localizou uma corrente, que seria utilizada para manter a criança presa.

Conversas divulgadas pela polícia mostram a mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathieli Porto da Rosa, conversando sobre a compra da corrente. Bruna também está presa.

Segundo o relato feito à polícia, a mãe dopou a criança usando medicamentos, colocou o corpo dentro de uma mala e jogou no Rio Tramandaí.No dia 29 de julho, foi à Polícia para relatar o suposto desaparecimento da criança. Ao apresentar contradições, foi questionada pela polícia e confessou o crime. Segundo a Polícia Civil, a criança sofria tortura física e psicológica.