Lava Jato rastreia movimentação de empresa mineira por propina nas obras da Torre Pituba

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 05:15

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A força-tarefa da Lava Jato no Paraná concentrou esforços para rastrear o fluxo financeiro da Mendes Pinto Engenharia, empresa mineira suspeita de operar propina referente à construção da Torre Pituba, megaempreendimento que abrigou até outubro passado a sede da Petrobras no estado. Segundo apurou a Satélite, o interesse do Ministério Público Federal (MPF) sobre a Mendes Pinto cresceu após as novas delações firmadas por três alvos da 56ª fase da Lava Jato, a Operação Sem Fundos, deflagrada em novembro de 2018. Entre eles, Marcos Felipe Mendes Pinto, herdeiro da empresa e, de acordo com o MPF, responsável por parte dos repasses destinados a petistas baianos e dirigentes do fundo de pensão da estatal (Petros), que bancou a obra.      

Baú aberto Filho do empresário Paulo Afonso Mendes Pinto, já morto, Marcos Felipe revelou detalhes sobre a distribuição de valores a partir de 2010 e nomes de supostos emissários, além de datas e locais de encontros para entrega de dinheiro, tarefa coordenada pelo próprio pai.

Banco clandestino Instalada em um cubículo no centro de Belo Horizonte, a Mendes Pintos Engenharia venceu a licitação para gerenciar a obra por R$ 69 milhões, mas depoimentos e indícios coletados pela Lava Jato apontam que se tratava de um contrato de fachada. Para a força-tarefa, o negócio foi firmado apenas com objetivo de triangular repasses ilícitos desviados por meio do superfaturamento do edifício de 22 andares, estacionamento com 2,6 mil vagas e heliponto, onde foram investidos mais de R$ 1 bilhão em recursos do Petros. Os novos delatores confirmaram ao MPF que 10% do contrato - R$ 6,9 milhões - foram divididos igualitariamente entre o PT da Bahia, o comitê nacional do partido e dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão da estatal, conforme documentos divulgados ontem pelo site O Antagonista.

Caça ao tesouro No núcleo da força-tarefa da Lava Jato, a ordem é vasculhar toda a movimentação fiscal e bancária da Mendes Pinto e de pessoas ligadas a ela. Ao mesmo tempo, investigadores da PF e do MPF também começaram a se debruçar sobre pistas capazes de levar à descoberta de eventuais empresas usadas para ocultar e lavar dinheiro supostamente obtido de maneira ilícita.

Pelo cano Contratos da Embasa entraram na mira do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa do MP da Bahia (Gepam). No último dia 10, a promotora de Justiça Rita Tourinho, coordenadora do Gepam, instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades nos processos de contratação de empresas pela Embasa. O procedimento é baseado em uma denúncia de improbidade administrativa apresentada ano passado ao órgão.

Ritmo de festa Apesar do aumento de pouco mais de um ponto percentual na taxa de ocupação registrada em 2019 pelos 25 maiores hotéis de Salvador, em comparação com o ano anterior, empresários do trade comemoraram o resultado. Isso porque o valor médio da diária cresceu quase 10%.

Ele foi o primeiro a criticar a reforma da Previdência do governo federal. E, agora, faz uma reforma que é muito pior (que a do presidente Jair Bolsonaro, aprovada pelo Congresso) Alan Sanches, deputado estadual do DEM, ao condenar, em entrevista ao Bahia Notícias, o que chama de “açodamento” do governador Rui Costa (PT) para aprovar a proposta que altera as aposentadorias de servidores estaduais