Madero tenta superar crise e dono diz que planeja abrir 2.700 vagas em 2021

‘Retomamos 100% o investimento’, diz Junior Durski, que demitiu 600 funcionários em abril

Publicado em 16 de julho de 2020 às 14:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A rede de restaurantes Madero, comandada pelo empresário Junior Durski, envolvido em polêmicas em relação à reabertura precoce da economia em meio à pandemia de coronavírus, afirmou à revista Exame que retomou os planos de crescimento traçados antes da quarentena. 

Em abril, a rede recebeu críticas ao demitir 600 pessoas, paralisando todas as obras de novos restaurantes em andamento. No entanto, as obras foram retomadas e os funcionários estão sendo readmitidos, segundo Durski informou em entrevista à revista Exame.

Ele explica que o plano de expansão foi totalmente retomado. A meta inicial era abrir 65 unidades em 2020. Agora serão 45. Os outros 20 ficarão para 2021, quando a previsão é contratar mais 2.700 pessoas se o plano de expansão correr como previsto. O grupo tem atualmente 8.000 funcionários. Antes, o objetivo era abrir 75 lojas em 2021, agora serão 95. 

Para 2022, o plano é abrir mais 85 unidades. “Retomamos 100% o investimento”, disse Durski à Exame.

Ele conta que duas unidades já foram inauguradas, uma no Rio de Janeiro, com investimento de R$ 6 milhões, e a outra em São Paulo, com investimento de R$ 5 milhões. O grupo tem hoje mais de 190 restaurantes no Brasil.

Segundo Durski, o Madero ficou no zero a zero em março, teve prejuízo em abril (mês das demissões) e voltou a ter equilíbrio nas contas em maio e junho. 

“Em junho, quando confirmamos um ponto de equilíbrio liberamos 100% das obras. (...) Faz todo sentido abrir, pois as obras já tinham sido iniciadas, com os devidos contratos de aluguel e já havíamos gasto de 60% a 70% do planejado”, afirmou o empresário.

Segundo a revista, os 600 demitidos eram funcionários ligados aos projetos de expansão: engenheiros, arquitetos, funcionários do setor de expansão e as equipes que estavam passando por treinamento para atuar nos novos restaurantes.

Atualmente, 200 dos funcionários demitidos já foram recontratados. A ideia é readmitir todos os demitidos até o fim do ano.