Maioria dos alunos vítimas de infecção em município baiano já recebeu alta

Das 176 crianças, alunas do Colégio Dr. João Paim, em Sebastião do Passé, 136 delas deixaram o hospital; 25 estão observação e 15 foram transferidas

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 19:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Após serem internados, desde a última quinta-feira (13), com uma infecção de origem ainda desconhecida, 136 estudantes do Colégio Municipal Dr. João Paim, em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, tiveram registro de alta neste sábado (15). Ao todo, segundo a prefeitura da cidade, 176 crianças foram interadas. 

Ainda segundo informações da prefeitura, no último balanço, o número de alunos com a infecção subiu de 124 para 165, e chegou a 176 crianças até às 11h deste sábado. A maiori parte já recebeu alta, mas 25 seguem em observação e outros 15 foram transferidas para o Hospital Irmã Dulce, Hapvida, Hospital da Criança de Feira de Santana, Hospital de Catu e Hospital de Madre de Deus. 

Entre os sintomas que as crianças apresentaram está a ocorrência de febre, dor de cabeça e diarreia. A escola foi interditada por tempo indeterminado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). 

Os jovens de 11 e 12 anos são alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental e começaram a passar mal logo na tarde de quinta-feira (13), durante o treinamento de adaptação para as normas disciplinares da unidade escolar, que possui 868 alunos matriculados. Inicialmente, grande parte dos estudantes foi atendida no Hospital Albino Leitão, na mesma cidade. 

Sobre o caso A suspeita é que a origem da infecção esteja na água da escola. A Prefeitura divulgou que a unidade é abastecida em parte por um sistema de poços artesianos e pela Embasa, empresa estatal.  

Amostras da água foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central da Bahia (Lacen) para exames. Há também suspeitas sobre os alimentos servidos na merenda dos alunos entre quarta e quinta-feira, como sucos, achocolatados e biscoitos.

A Prefeitura garantiu que nenhum alimento está vencido e que o caso está sendo acompanhado também pela Vigilância Sanitária Municipal. Segundo a Prefeitura, o tanque da escola foi lavado em janeiro desde ano, durante o período de férias.

Já a Embasa informou que o colégio não é abastecido com água fornecida pela empresa. “A água distribuída pela Embasa no município passa por controle de qualidade diário, conforme os parâmetros de potabilidade estabelecidos pela Portaria de Consolidação nº 5 do Ministério da Saúde”, afirma o comunicado.

A Polícia Civil informou ao CORREIO que já iniciou as investigações sobre o caso na tarde desta sexta-feira, por meio da delegada Joana Angélica Santos, e que acompanhará a realização dos exames de qualidade na água e nos alimentos.