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Bruno Wendel
Publicado em 9 de abril de 2022 às 13:00
- Atualizado há 2 anos
Investigada no inquérito que apura a morte do empresário e ex-detento Leandro Troesch, Maqueila Bastos passará por uma audiência de custódia nesta segunda-feira. O procedimento será feito no formato virtual e foi determinação de uma juíza da Comarca de Nazaré, responsável pela decretação da prisão dela. >
Maqueila está na Delegacia Especial de Repressão a Crimes contra Criança e o Adolescente (Dercca), pois em Salvador não há custódia exclusiva para mulheres. Mas ela poderá ser transferida a qualquer momento para o Presídio Feminino. " A juíza determinou a transferência porque na Dercca não dava para fazer a audiência de custódia", declarou o delegado Rafael Magalhães, responsável pela apuração do caso. >
Até a manhã deste sábado (9), Maqueila permanecia na Dercca. A reportagem tentou falar com o advogado dela, João Alves, mas até o momento ele não respondeu. >
Nomes Maqueila prestou depoimento nesta quinta-feira (07). Durou cerca de duas horas e ela respondeu todas as 40 perguntas feitas pelo delegado Rafael Magalhães. Maqueila deu nomes de pessoas, lugares e circunstâncias. Mas os detalhes não foram revelados para não comprometer a investigação. >
Maqueila teve o mandado de prisão decretado junto com a amiga, Shirley Silva Figueredo, mulher de Leandro. Em uma foto publicada em um perfil no Instagram, Maqueila exibe no braço direito uma aliança dourada contendo a letra "S" e o nome de Shirley tatuado ao lado do desenho de um coração.>
As fotos vieram à tona um dia após a Polícia Civil recusar da decisão de retirar o delegado Rafael do caso. Magalhães, que está desde o início da apuração, soube, então, que não estava mais à frente do inquérito durante o interrogatório de Maqueila, inclusive seu substituto teve o nome publicado no Diário Oficial, assim como a sua saída. No entanto, no final da noite, a PC divulgou nota recuando, mantendo Magalhães no caso. >
Entenda o caso O empresário baiano Leandro Troesch morreu com um tiro na cabeça no dia 25 de fevereiro. Ele era um dos donos da famosa Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano.>
De acordo com informações da Polícia Militar, Leandro foi encontrado caído e com o ferimento provocado pelo tiro na própria pousada. Eles isolaram o local e acionaram o Departamento de Polícia Técnica para remoção do corpo e realização da perícia. >
Acostumado com os holofotes e a vida glamourosa que levava na cidade de Jaguaripe, na região do Recôncavo Baiano, Leandro foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado da companheira Shirley da Silva Figueredo. O casal estava na pousada quando foi surpreendido pela polícia e, na época, a defesa lutava pela soltura, alegando prescrição do crime. Eles foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro contra a uma mulher em Salvador. O crime foi cometido em 2001.>
Leandro e Shirley viviam uma vida normal, apesar de terem sido condenados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. Apesar disso, os dois estavam foragidos, mas viviam publicando fotos normalmente nas redes sociais. >
Após a morte de Leandro, a pousada suspendeu todas as reservas feitas para o período de Carnaval, justificando apenas que houve um "gravíssimo acidente sofrido pelo proprietário". Não há informações sobre como ficará a situação dos clientes.>
Billy, funcionário de Leandro Silva Troesch, foi assassinado a tiros no mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. A vítima foi encontrada morta no dia 6 de março, no distrito de Camassandi, no mesmo município.>
O delegado Rafael Magalhães detalhou que a vítima era amigo e considerado o "braço direito" do empresário Leandro Silva Troesch. Billy chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no dia 6.>