Marido da modelo Carol Bittencourt é indiciado por homicídio culposo

Polícia considera no inquérito que ele foi imprudente no episódio

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  • Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 19:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Instagram/Cabitten

O inquérito sobre a morte da modelo Caroline Bittencourt foi concluído nesta sexta-feira (16) e o marido dela, o empresário Jorge Nogueira Sistini, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Agora, o inquérito seguiu para o Ministério Público, que poderá se manifestar sobre o caso, mas não há prazo para que isso aconteça.

Se for denunciado pelo MP, Jorge responderá na Justiça pela morte da mulher. A promotoria pode também arquivar o caso ou recomendar que a polícia faça novas diligências. Carol morreu depois de cair de uma lancha durante um vendaval no litoral norte de São Paulo, no último 28 de abril.

O delegado Vanderlei Pagliarini de Almeida Filho, que comandou a investigação, considerou que Jorge foi imprudente ao atravessar o canal entre São Sebastião e Ilhabela em uma lancha não indicada para ser utilizada em tempo ruim. Ele era o piloto da embarcação. No dia do afogamento, ventos de 100 km/h atingiram o mar da região.

A investigação mostra que Jorge sabia do mau tempo que se aproximava. O dono da marina de onde saiu a lancha contou à polícia que avisou Jorge sobre a mudança no tempo - ele entregou áudios comprovando que fez o alerta ao empresário.

O inquérito considera ainda que houve negligência de Jorge por não ter aconselhado ou exigido que a mulher usasse um colete. Assim que caiu na água, a modelo foi atingida lateralmente por uma onda e começou a se afogar. Jorge pulou na água para tentar resgatá-la, mas não conseguiu. Carol morreu por asfixia mecânica por submersão em meio líquido, diz o laudo.

O pai de Jorge, Alfredo Sistini, afirmou que Jorge não vai se manifestar sobre o inquérito. Quando falou à polícia, Jorge argumentou que ele também não usou colete porque quando a lancha saiu as condições climáticas pareciam normais. 

Se condenado, ele pode pegar de 1 a 3 anos de prisão.