Marido é suspeito de ter atirado a esposa do 4ª andar do prédio no Paraná

Vizinhos acordaram com o barulho da vítima pedindo socorro e chorando antes de ouvirem o barulho da queda

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  • Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2018 às 00:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução Instagram

A advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, foi encontrada morta domingo (22) dentro de casa depois de ter caído do 4º andar do prédio em que morava, em Guarapuava, no Paraná. Para a polícia, o marido dela, Luis Felipe Manvailer, é o principal suspeito do crime. 

Segundo a PM, o caso foi atendido por volta das 3h, na Rua Senador Pinheiro Machado, quando os agentes receberam a informação de que uma mulher “teria pulado ou sido jogada da sacada de um edifício, caindo na calçada”. De acordo com o boletim de ocorrência, no local, os policiais encontraram uma quantidade grande de sangue na calçada e foram informados que um homem tinha carregado a vítima no colo para dentro do prédio.

Ao chegar ao apartamento, os policiais contaram que encontraram rastros de sangue. Foi preciso arrombar a porta para que os agentes pudessem entrar. Lá, encontraram a advogada no chão com muito sangue na região da cabeça. Quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou ao local, ela já estava morta. 

De acordo com o delegado de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, Francisco Sampaio, foi o marido de Tatiane quem recolheu o corpo da advogada e levou para o apartamento após ela cair do 4º andar do prédio.  Para o delegado, “tudo leva a crer que o marido tentou fugir para o Paraguai”. Isso porque, Luis Felipe foi preso após sofrer um acide4nte na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava. Luis Felipe contou que perdeu o controle da direção após dormir no volante e que o carro ficou parado no meio da rodovia. Porém, o delegado desconfiou da declaração. “Ao invés de pedir socorro para a concessionária, o que seria mais prático, o motorista saiu a pé em direção a Foz do Iguaçu. No meio do caminho, foi abordado pela Polícia Militar (PM) e encaminhado para a delegacia”, explicou Francisco. 

Depois de preso, o marido de Tatiane disse que a esposa se jogou do apartamento e que ele não teve tempo de socorrê-la. Em depoimento, Luis Felipe contou que houve uma discussão do casal em um bar e que eles foram para casa, onde, em um momento da briga, o marido contou que precisou imobilizá-la no sofá. “Ele a impediu de sair do apartamento. E de acordo com ele, na sequência, ela pegou o rumo à sacada e haveria se atirado de repente”, detalhou o delegado.

Já os vizinhos disseram que acordaram com o barulho da vítima pedindo socorro e chorando e que, quando foram ligar para a polícia, ouviram um barulho e viram a mulher caída na calçada. Um dos vizinhos ainda contou que a esposa pensou que fosse um acidente de carro. “Minha esposa acordou com o grito de uma mulher e depois ouviu um barulho forte que ela pensou até que fosse batida de carro. A minha esposa viu também, da janela, um homem puxando o corpo de uma mulher para a portaria”, disse em entrevista à RPC.

De acordo com a polícia, uma perícia foi feita no apartamento no mesmo die o laudo deve ser emitido ainda esta semana.  No relatório de investigação preliminar da Polícia Civil, consta que foi encontrado um par de botas femininas na escada de entrada do prédio e um brinco no chão do segundo elevador. O Instituto Médico-Legal (IML) apontou a queda como a causa preliminar da, mas outros exames periciais serão feitos para confirmar essa informação.

O delegado revelou que além de responder por feminicídio, Luis Felipe também pode responder pelo roubo do carro da mulher. O suspeito será transferido de São Miguel do Iguaçu para uma delegacia de Guarapuava.