Maverick: nova picape da Ford empolga pela dirigibilidade

Com motor turbo e tração 4x4, utilitário custa R$ 239.990. Confira a avaliação, fotos e vídeo

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 07:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO
A cabine tem acabamento em couro bicolor e sete airbags de série por Fotos: Ford

Se você achava que a Maverick seria um concorrente direto da Toro, errou. Apesar de ser monobloco, como sua rival, a nova picape da Ford é maior (são 5,07 metros de comprimento) e, de acordo com a atual estratégia da empresa no país - de oferecer apenas modelos com maior valor agregado -, irá brigar no máximo com a versão mais cara do utilitário da Fiat. 

Produzida no México, a Maverick será oferecida em configuração única no mercado brasileiro, a Lariat FX4, por R$ 239.990, quase R$ 30 mil a mais que a opção Ultra do veículo da Fiat. Dê play e confira a avaliação em vídeo Dito isso, ao volante a diferença se amplia. A dirigibilidade do modelo da Ford impressiona, é uma condução próxima a de um bom sedã - a suspensão traseira independente colabora muito para isso. É claro que com a posição mais elevada e vertical, típica das caminhonetes. Outro ponto positivo são os freios a disco nas quatro rodas, o que garantem uma frenagem mais linear em situações de uso súbito.

A propulsão também empolga e, mesmo com 1.744 kg, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos. Mérito do motor 2 litros turbo a gasolina que rende 253 cv de potência aos 5.500 rpm e entrega 38,7 kgfm de torque aos 3 mil giros. Em desempenho esse propulsor só perde para uma picape de outra categoria, a Volkswagen Amarok V6, que desenvolve 258 cv. 

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Para completar o conjunto motriz, transmissão automática de oito velocidades e uma tração AWD, que atua sob demanda, por isso o adesivo FX4 na lateral da caçamba. A eletrônica também atua no sistema, graças aos cinco modos de condução: Normal, Lama/Terra, Areia, Escorregadio e Rebocar/Transporte. Esses programas ajustam automaticamente o mapa de aceleração, torque, rotação na troca de marchas e sensibilidade do controle de tração e estabilidade para cada tipo de piso.

O Inmetro aponta a média urbana em 8,8 km/l, passando para 11,1 km/l na estrada. São números próximos aos obtidos em nossas medições: 8,5 km/l na cidade e 11 km/l em rodovias.

Vivenciando a picape Ao volante, são revelados alguns deslizes no pacote montado para o país: não há sensor de estacionamento e paddle shiffters para trocas manuais de marcha, itens oferecidos no Bronco Sport, modelo que utiliza a mesma plataforma e motorização.

Mesmo com câmera de ré, é inseguro dispensar os sensores, principalmente por ser um veículo com caçamba. Já as borboletas atrás do volante são necessárias para aplicação do freio motor, uma vez que o seletor do câmbio é rotativo e assim não oferece a possibilidade de redução pela alavanca, como na Ranger. O freio motor atua quando o motorista seleciona o modo Low, nesse caso amplia a tração em subidas e descidas em baixas velocidades. O utilitário tem capacidade para 617 kg e a caçamba tem 943 litros de volume (Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO) Mas há muitos acertos, como o ótimo espaço sob o banco traseiro e a caçamba com vários ganchos e dois nichos laterais. Para completar, os faróis de LED automáticos, sete airbags, ar-condicionado de dupla zona e assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestres e ciclistas.

Para abrir e fechar as portas existem três opções: pela chave presencial, por um código na lateral da porta do motorista ou via aplicativo para smartphone. O código deixa os passageiros livres para saírem do carro sem levar nada e o app oferece outras possibilidades, como a climatização remota da cabine e checar funções como a autonomia e pressão dos pneus.