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Mercado de franquias: ‘Todas as marcas querem a Bahia’

Em entrevista ao CORREIO, o presidente Regional da ABF e dono do Grupo Bonaparte, Leonardo Lamartine aponta onde estão as melhores oportunidades do estado

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 13 de maio de 2019 às 07:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/ CORREIO

As franquias baianas chegaram a faturar no último ano  mais de R$ 5 bilhões e somam, atualmente, o maior volume de unidades instaladas entre os estados do Nordeste: ao todo, são 3.954, um  crescimento de 12% em comparação com o número de operações do ano anterior. 

Os dados de crescimento do mercado de franquias no estado foram apresentados durante o encontro da regional Nordeste da Associação Brasileira de  Franchising (ABF) que aconteceu em Salvador na  quarta (8/5).  

Realmente, há bons motivos para as marcas se sentirem atraídas para espandir suas operações por aqui. Não só os números são atraentes, mas também o potencial de interiorização,  força do consumo e  facilidade logística são alguns dos atributos baianos, como destaca o presidente da regional da entidade, Leonardo Lamartine. 

“A Bahia está no plano de expansão de 100% das franqueadoras brasileiras. Todas as marcas querem a Bahia, sem dúvida. Não por  acaso, o estado ocupa a primeira posição em todo o Nordeste”. 

Criador da rede de restaurantes Bonaparte e Donatário, o empresário soma nove operações no estado, que responde por 16% do faturamento do grupo. 

Lamartine conversou com o CORREIO sobre o que avaliar antes de investir em uma franquia e também os segmentos que estão em crescimento, assim como as áreas que devem conquistar mercado nos próximos anos. Acompanhe os melhores momentos da entrevista:  

Como você avalia o mercado de franquias na Bahia? Como as franqueadoras percebem  esse potencial?

O número de franquias instaladas na Bahia lidera o Nordeste, porque o estado tem uma interiorização muito mais pujante do que em outros lugares do Nordeste. Você tem aí Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista e Juazeiro também, que são grandes centros que outros estados do Nordeste não têm.  Aqui tem logística, consumo, bons shoppings centers instalados e tudo isso só reafirma o grande potencial que a Bahia tem. Qual o tipo de franquia   acaba se adaptando melhor na Bahia e que segmento atrai mais franqueados, atualmente? 

O setor de alimentação  sempre tem uma participação maior, mas o setor de beleza e bem-estar tem um crescimento mais  rápido na Bahia. Além disso, são franquias mais acessíveis. Em um período no qual ainda existe crise, as franquias de beleza e saúde também têm uma facilidade de fazer formatos mais enxutos, como quiosques, o que acaba reduzindo o custo com investimento inicial.  

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O que é preciso observar e levar em consideração na hora de investir em uma franquia?

O primeiro passo é se identificar com o setor que ele vai operar aquela franquia. Que setor ele se interessa mais ou se adapta melhor. Em seguida, é entrar no site da ABF, onde ele vai encontrar mais de 1,4 mil opções de franquia e eleger as marcas dentro daquele setor que mais o atraem enquanto investidor e daí entrar em contato com essas marcas. Peça a Oferta Circular de Franquia, que é um documento obrigatório por lei. Lá, o empreendedor vai ter acesso a todas as informações necessárias para ele se inteirar do negócio, se aquela marca está saturada ou se não está e se há espaço para uma nova operação.Também é possível consultar a relação dos franqueados com quem ele pode entrar em contato, saber se estão satisfeitos, ou mesmo com ex-franqueados, a fim de entender por que deixaram o negócio.Outro exercício importante é fazer contagem de fluxo: senta em frente daquela loja e vai anotando quantas pessoas passam por ali. Pesquise bem antes de entrar. 

Que outros segmentos em crescimento você enxerga como oportunidades que se mostram promissores para os próximos anos? 

Essa questão do home based, por exemplo, ela tem uma tendência de crescimento muito grande por que não é só a facilidade de investir menos na estrutura física, mas também como uma oportunidade de trabalhar e estar ao mesmo tempo próximo da família. Toda essa crise que o Brasil tem passado acabou contribuindo para que muita gente saísse dessa vida do escritório e buscasse o home based como uma alternativa ao desemprego. E o formato é multisetorial.Nesse sentido, acredito que a área de serviços tem muito a crescer ainda, justamente por conta do tamanho do investimento e da operação mais enxuta. Enquanto empresário, qual foi o maior atrativo para entrar no mercado baiano?  

O Bonaparte e o Donatário estão presentes em vários shoppings. O mercado aqui é muito bom para alimentação por um seguinte motivo: a Bahia tem uma renda melhor distribuída. Isso para o setor de alimentação gera mais frequência para os restaurantes e cafés instalados aqui. Por isso eu acredito que o mercado é muito interessante mesmo para área de alimentação. Os baianos saem mais e mais vezes para comer fora de casa. 

O que é necessário para uma franquia dar certo? 

É não se iludir achando que ao adquirir a licença de uma franquia vai receber tudo pronto. Vai dar trabalho. A franquia é só 20% da receita do bolo. Os outros 80% é dedicação. Você recebe a marca, o know how e tem ali a fórmula, mas quem faz o bolo é o operador.Quem faz a diferença é o franqueado. E essa receita precisa ser seguida à risca. É como uma receita de bolo mesmo. É essa a melhor comparação para uma franquia. 

QUEM É

Leonardo Lamartine  É presidente Regional Nordeste  da Associação Brasileira de Frachising (ABF) e fundador do Grupo Bonaparte, que soma  nove operações de restaurantes na Bahia: sete, do Bonaparte e duas do Donatário.