'Meu ciclo de lutas está encerrando', diz Amanda Nunes sobre UFC

Lutadora baiana falou que pode ser jogadora profissional de futebol

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  • Da Redação

Publicado em 11 de março de 2019 às 16:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Ela é a única mulher no mundo a ser campeã em duas categorias diferentes no Fighting Championship (UFC) após vencer os pesos pena e galo. O último deles veio após nocautear uma outra brasileira, Cris Cyborg, no final de 2018.

De férias no Brasil após a temporada inesquecível, Amanda Nunes concedeu entrevista para o Canal Combate e fez uma série de revelações. Entre elas, que pretende se aposentar após fazer as próximas duas lutas que estão previstas em seu contrato com o UFC. Também contou o que pretende fazer após pendurar as luvas: calçar chuteiras e jogar futebol profissionalmente. A baiana falou ainda sobre o orgulho de ser a primeira campeã gay do UFC, título que carrega com o maior orgulho do mundo.

Baiana de Pojuca, Amanda Nunes é apaixonada por futebol e durante as férias chegou a disputar um torneio feminino. Na entrevista, a campeã contou que já teve até proposta de um clube profissional de futebol feminino nos Estados Unidos.“Quero jogar futebol, tenho a proposta de um time, não posso falar muita coisa. Mas é profissional, nos Estados Unidos. Quero viver o esporte, ajudar as pessoas”, contou Amanda.Amanda demonstrou que está aberta às possibilidades. Dividindo suas férias entre a Bahia, onde nasceu, e a cidade de Monteiro, na Paraíba, onde a família vive, Amanda também afirmou que quer ajudar outras meninas a serem descobertas no MMA. “Tenho uma relação muito boa com o Invicta, quero ajudar a descobrir esses novos talentos. Para mim foi difícil, mas posso ajudar as meninas. Quero ver onde a vida vai me levar”, declarou. Aos 30 anos, Amanda Nunes já pensa em aposentadoria do UFC (Foto: UFC/Divulgação) Octógono Quanto ao futuro mais próximo, Amanda Nunes afirmou que primeiramente quer defender o cinturão de sua categoria de origem, o peso-galo. Segundo Amanda, para completar o seu cartel de lutas o mais correto é primeiro enfrentar a americana Holly Holm, de 37 anos. Holm já foi campeã da categoria no UFC e também é tricampeã mundial de boxe. Depois disso, ela entende que uma revanche com Cris Cyborg é o ideal para encerrar a sua carreira. “Quero defender meu título na minha categoria primeiro. Depois, quem sabe, uma revanche com a Cyborg, faz sentido, ela ficou muito tempo como campeã no peso dela. Mas acho que a Holly Holm numa próxima luta e depois a Cyborg devem ser as lutas a serem feitas”, avaliou.A família tem influenciado a multicampeã na decisão de parar com as lutas. Ela também contou que viveu muito mais para o esporte do que para si própria e que a partir de agora ela quer se dedicar a coisas mais simples como cuidar das terras da avó e ter os próprios filhos. “Estou muito realizada, pessoalmente e financeiramente, mas meu corpo ainda sente necessidade de lutar”, declarou Amanda.Primeira campeã gay Noiva da lutadora americana Nina Ansaroff, Amanda contou que carrega com orgulho o título de primeira campeã gay do UFC - um título que ela mesma pediu para que o UFC promovesse.

Nascida no estado da Flórida, Nina tem 33 anos e também disputa o UFC. Amanda Nunes contou que as duas estão “vivendo um sonho”. Juntas, traçaram metas e foram parceiras durante várias jornadas de treinamentos e também longe dos ringues. Em sua noiva, Amanda encontrou uma pessoa que entedia completamente o seu lado, os seus sentimentos.“Eu fui a primeira campeão que abriu o coração mesmo para as pessoas. [...] Acho que com todo esse preconceito que vem acontecendo, eu sirvo de exemplo para isso. Foi lindo. Eu fui sonhando, batalhei, não desisti e consegui.”, finalizou.