Mineração Caraíba recebe o Prêmio CBPM de Empresa do Ano em 2020

Manoel Valério, diretor da empresa, também foi selecionado como a personalidade da mineração

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  • Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 14:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: divulgação

Quem vê a empresa que movimentou mais de R$ 1 bilhão em 2020, mantém mais de 3200 empregos, investiu em pesquisa e pretende expandir em 10% a produção para o próximo ano não imagina que há apenas quatro anos a Mineração Caraíba teve sua principal mina alagada, precisou pedir recuperação judicial e quase fechou as portas. A impressionante recuperação econômica, aliada a uma forte presença socioambiental na comunidade foram diferenciais que concederam à empresa e seu diretor, Manoel Valério, os Prêmios CBPM de Mineração e personalidade 2020.

Criado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) no ano passado, o prêmio visa reconhecer as ações de mineradoras baianas nas áreas de sustentabilidade e inovação. Em 2020, foram inseridas duas novidades: a categoria Personalidade da Mineração e uma consulta popular, que ficou disponível durante todo o mês de novembro.

A entrega do Prêmio acontece nesta sexta-feira, 18, no auditório da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), em Salvador, a partir das 10h, com transmissão pela internet.

Compareça ou assista pela internet, no link https://bit.ly/youtubecbpm.

Do pedido de falência ao bilhão de faturamento em quatro anos

A Caraíba apresentou resultados operacionais expressivos em 2020. Seu cobre faz da Bahia o terceiro maior produtor deste minério no país. Até os primeiros dias de dezembro, a operação comercial da empresa já havia passado de R$ 1,1 bilhão, segundo dados da Agência Nacional de Mineração. 

Os números são ainda mais impressionantes quando considerado que em janeiro de 2016 uma forte chuva na região fez com que diques rompessem e alagassem a mina subterrânea da empresa, responsável por 80% de sua produção. Não houve feridos no episódio, mas todo o maquinário ficou submerso em galerias alagadas. A coluna d’água passou de 200 metros de altura. Impossibilitada de produzir, a Caraíba entrou em recuperação judicial e quase fechou as portas.

A empresa começou a trabalhar na recuperação. Para pagar as contas quase sem efetuar vendas, manteve funcionários em casa e reduziu o expediente para o período da manhã, transferiu recursos de outra mina de propriedade da empresa, no Mato Grosso e foi atrás de novos investidores que pudessem injetar mais recursos e possibilitar o bombeamento da água alagada e conserto dos equipamentos na mina subterrânea.

Entre maio e dezembro de 2016 a empresa negocia com acionistas, bancos e um novo investidor, a Eros Resources, a retomada da operação e cancela a recuperação judicial. Os salários dos funcionários, que começaram a atrasar em outubro, são regularizados em dezembro e em fevereiro de 2017 é feita a primeira venda de minérios, depois de 8 meses praticamente sem faturamento.

Desde então a operação foi voltando ao normal e hoje a Caraíba emprega em torno de 3200 pessoas, entre diretos e terceirizados. A empresa pretende aumentar em 10% a produção de cobre em 2021, com a reabertura da mina de Surubim, no município de Curaçá. Foram investidos R$ 58 milhões no projeto, que vai gerar 250 novos postos de trabalho. Manoel Valério foi pessoalmente às comunidades da região para falar da reabertura e convidar os ex-funcionários a retomar seus postos.

A mineradora segue investindo em pesquisas na região do Vale do Curaçá para encontrar novos depósitos minerais no subsolo e ampliar a vida útil da operação.

Para o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, o prêmio é a consagração de um processo difícil e delicado, com o qual poucas empresas conseguiriam lidar. “Não é todo o dia que vemos uma recuperação vertiginosa como foi a da Caraíba. Uma empresa de importância indiscutível para a Bahia, que emprega mais de 3000 pessoas e coloca o nosso estado com destaque na produção de cobre nacional. Queremos que essa história de superação seja mais conhecida e tida como exemplo de perseverança e enfrentamento das dificuldades”, diz. 

Manoel Valério é diretor na Caraíba desde 2006

O atual diretor de operações da Mineração Caraíba esteve pela primeira vez na empresa ainda em 1984, quando ficou até 1996, passando pelos cargos de engenheiro, gerente de geologia e de planejamento. Entre 1997 e 2005, trabalhou na Companhia de Mineração e Metalurgia pertencente ao Grupo Votorantim, onde atuou como analista e gerente. Retornou à Caraíba em 2006 como Diretor Estratégico e em 2012 assumiu a atual função.

Valério recebeu 47% dos mais de 450 votos na consulta popular para personalidade da mineração no site da CBPM. Os votantes destacaram, principalmente, sua condução da empresa através das adversidades e suas capacidades de liderança. O diretor também foi descrito como humilde, resiliente e competente.

Consulta popular referendou decisão da CBPM

A Mineração Caraíba e seu diretor também foram os mais indicados na consulta que ficou aberta durante o mês de novembro. 50% das mais de 450 colaborações escolheram a Caraíba como empresa do ano. Valério ficou com 47% dos votos para personalidade.

Outras empresas que se destacaram na consulta foram Atlantic Nickel, JMC Yamana Gold e Largo Resources. Na categoria de personalidade, foram bastante citados o vice-presidente da Yamana, Sandro Magalhães, o CEO da Atlantic Nickel, Paulo Castelari e o CEO da Largo Resources, Paulo Misk.

Projetos socioambientais da Mineração Caraíba vão da agricultura familiar ao tratamento de dependentes químicos

Produção de laticínios, horta comunitária, estímulo à economia familiar, incentivo ao esporte, tratamento de dependentes químicos. Os diversos projetos socioambientais que a Mineração Caraíba mantém no norte da Bahia também foram levados em conta para a entrega do prêmio de empresa do ano pela CBPM. Assim como a dedicação pessoal do diretor da empresa, Manoel Valério, aos projetos. Conheça abaixo:

Caprinovinocultura – Produção de laticínios a partir do leite de cabra. Qualificação para a produção de cortes especiais e defumados de caprinos e ovinos. Fomento à formação de associações rurais.

Projeto Raízes – Comercialização de produtos livres de agrotóxicos; Estímulo à economia familiar. Reeducação alimentar para as famílias participantes.

Projeto Empreendedorismo – Produção de biscoitos pela Associação de Mulheres da Fazenda Esfomeado (AMAFE). Produção de artesanatos pelo Ateliê da Fulô.

Horta comunitária de Pilar – 4 hortas comunitárias que comercializam hortaliças livres de agrotóxico a preços populares. Produção de sementes de mamona e manga orgânica. Parceria com distrito de Pilar e Associação dos Produtores Rurais da Adutora Caraíba.

Fornecimento de água – Abastecimento de água e doação de carros pipa a distritos. Fomento ao desenvolvimento da agricultura irrigada familiar. Construção de bebedouros e abastecimento de aguadas para animais.

Incentivo ao esporte – parceria com o Clube Pilar para oferta de cinco modalidades esportivas a 600 jovens, com acompanhamento de educadores físicos.

Fazenda renascer – Auxílio de pessoas no tratamento contra a dependência química. O projeto é mantido com doação dos sócios, que são colaboradores da empresa. Para cada real arrecadado, a Mineração Caraíba colabora com igual valor

Formação profissional (Jovem aprendiz) – Implantação de Centro de Formação Profissional em Vale do Curaçá, com aproveitamento de mais de 60% da mão de obra. São oferecidos cursos de Processo de Mineração, Manutenção Industrial, Auxiliar de Beneficiamento e Auxiliar de rotinas administrativas. 

Esse conteúdo conta com o apoio institucional da CBPM.