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Ministro alemão lança programa de busca por igualdade de gênero em Salvador

Entidade reunirá organizações e personalidades que militam pela causa

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2019 às 16:57

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação

Salvador recebeu o Ministro das Relações Externas da Alemanha, Heiko Maas, nesta segunda-feira (29), para o lançamento da Rede de Mulheres. Trata-se de uma entidade que reunirá organizações e personalidades que costumam ser engajadas na luta pela igualdade de gênero.

O objetivo da rede é fortalecer a cooperação entre a Alemanha e os países latinos na luta pelos direitos e igualdade entre homens e mulheres.

Além de Heiko Maas, o evento, realizado no Instituto Goethe, no Corredor da Vitória, contou com a presença das secretárias estaduais Arany Santana (Cultura), Julieta Palmeira (Políticas para Mulheres), Fabya Reis (Promoção da Igualdade Racial), o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, a Cônsul-Geral da Alemanha para o Nordeste, Maria Könning, o Diretor do Instituto Goethe, Manfred Stoffl, bem como as integrantes da Rede de Mulheres.

Durante o lançamento, o ministro enalteceu a força da mulher baiana e brasileira e falou sobre a força da representatividade deste público. Falou ainda sobre a oportunidade das mulheres ampliarem sua visão com os exemplos dos demais países participantes da rede."Participação, chances e direitos iguais – tudo isso é parte central de uma sociedade democrática. Sem igualdade não há justiça. E sem justiça enfraquecemos a nossa democracia", disse o ministro alemão.Outro tema abordado por Heiko Maas foi o engajamento da Alemanha na questão sobre a defesa das mulheres. Como exemplo, ele citou o empenho do país pela aprovação da resolução votada na última semana nas Nações Unidas, em Nova York, que tem como objetivo central lutar contra a violência sexual em conflitos.

"Por semanas trabalhamos duro por negociações que deveriam ser de entendimento comum", criticou ele, ao lembrar da necessidade que as vítimas sobreviventes de violência sexual precisam ter. "Estamos vendo atualmente retrocessos perigosos. Conquistas e avanços batalhados a muito custo ao longo de décadas vem tendo sido continuamente questionados -- também em temas como direito das mulheres e igualdade. Teremos que lutar para manter esses avanços. Na Alemanha, na América Latina e no mundo inteiro. E para esta luta precisamos de aliados", disse Maas.

De acordo com as Nações Unidas, a tendência é que o mundo demore pelo menos 200 anos para atingir uma igualdade de gênero. Mulheres debaterão direitos iguais (Foto: Divulgação) Mulheres empreendedoras Presente no evento, a idealizadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), Ana Lúcia Fontes, disse que é de fundamental importância contar com o apoio e visão de outros países para aumentar a troca de informações. Segudo ela, isso facilitará no processo de criação de programas que buscam um cenário melhor para as mulheres.

"É prioritário olharmos para as questões que são barreiras para as mulheres. Nós já sabemos quais são os principais problemas. O que precisamos agora é olhar para as soluções", disse.

Além de pioneira, a RME é a maior plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil. O objetivo da rede é empoderar mais de 500 mil empreendedoras economicamente, para prover independência financeira das mulheres e, consequentemente, uma maior liberdade.

Após o lançamento, o ministro visitou o Pelourinho e teve um encontro com o Olodum. No final do dia, viajou para Brasília, onde terá encontro com o presidente Jair Bolsonaro. Na sequência, seguirá para a Colômbia e depois México.

Iniciativa A vinda de Maas para Salvador marca o início da nova Iniciativa América Latina e Caribe da República Federal da Alemanha. No dia 28 de maio haverá uma conferência em Berlim, que deverá contar com a participação de representantes latino-americanos e caribenhos. Também estarão presentes especialistas em política externa e de segurança, estado de direito, questões climáticas e cooperação científica.

Um dos pilares dessa é o fortalecimento dos direitos das mulheres e a participação delas na política, mídia, sociedade, economia e ciência. A Rede será oficialmente lançada em maio em Berlim.

Para Conceição de Maria, Superintendente do Instituto Maria da Penha, as redes de mulheres serão de grande evolução para o Brasil. "Somente juntas conseguiremos avançar nas questões relacionadas ao enfrentamento da violência de gênero e do empoderamento feminino", disse.

Em um estudo realizado desde 2016, entre o instituto e a Universidade Federal do Ceará, 10  mil mulheres foram ouvidas. Esta amostra revelou que, a cada 10 mulheres nordestinas, três passam por situação de violência doméstica.