Ministro da Defesa sobrevoa Abrolhos após chegada de óleo em santuário

Ministro disse que não tem 'bola de cristal' para prever fim do problema; navios monitoram

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  • Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2019 às 17:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marinha do Brasil

O Ministro da Defesa Fernando Azevedo sobrevoou o santuário de Abrolhos, no litoral Sul da Bahia na manhã deste domingo (3). Em entrevista coletiva na cidade de Porto Seguro, o ministro afirmou que não chegaram novas manchas neste domingo, mas que equipes ainda trabalhavam na remoção dos vestígeos de óleo que começaram a aparecer no sábado (2).

Segundo ele, há quatro embarcações da Marinha do Brasil e mais duas da Petrobras fazendo o monitoramento do arquipélago. "Nós estamos com seis embarcações de médias para grandes, quatro da Marinha e duas da Petrobras, e os navios têm os botes e tem lançado eles. Tem também os mergulhadores da Marinha que estão olhando os corais. Nós estamos atuando lá, atuando bem. A preocupação com Abrolhos é grande, tanto que eu vim aqui", disse.

O vice-almirante Silva Lima, comandante do 2º Distrito Naval, afirmou que a participação de embarcações de pequeno porte é fundamental. "Nós estamos em contato com todos os componentes da atividade náutica, mergulhadores. Em alguns lugares, só eles conseguem entrar. Então, nós estamos trabalhando isso, o prefeito de Caravelas fez uma reunião há três dias, fez uma conclamação a todos os setores. Eu dirtia que é fundamnetal a participação das pequenas embarcações aqui", declarou.

O ministro afirmou que ainda não tem noção da quantidade total de óleo derramada, mas afirmou que uma embarcação do porte do navio grego Boubolina, principal suspeito de ter provocado o vazamento entre os dias 28 e 29 de julho deste ano, pode levar até 80 mil toneladas de óleo. Até o momento, os investigadores falam em 2,5 mil toneladas de óleo já derramadas no oceano.

A petroleira grega Delta Tankers, responsável pelo Boubolina, negou responsabilidade pelo vazamento. Apesar disso, o ministro disse, em Porto Seguro, que todos os indícios apontam para o navio grego. "As investigações da Polícia Federal junto com a Marinha chegaram a esse navio. Então, eles têm que provar, ou não. As investigações estão em curso, as demandas estão feitas, todos os indícios apontam a ele. As penalidades são de acordo com as organizações internacionais marítimas", declarou.

Bola de cristal Questionado sobre em que patamar está a contenção do óleo, já que ele voltou, neste final de semana, a praias de Salvador após um intervalo de 12 dias, o ministro da Defesa Fernando Azevedo disse que não tem uma bola de cristal."A origem do vazamento, nós ainda temos algumas dúvidas. O tipo de óleo é difícil porque ele vem a meia-água, ele não vêm à superfície. O radar, o sonar, os satélites não pegam. É diferente da operação da Amazônia, que pega o incêndio. A gente não tem uma bola de cristal em relação a isso. No dia 2 de setembro aparaceram os primeiros indícios, depois foi descendo, deu uma arrefecida. No início do outubro veio mais. Nós estamos acompanhando isso, mas, bola de cristal, a gente não tem", afirmou.