Ministro da Educação explica em vídeo notas baixas de boletim vazado

Weintraub afirmou que boletim foi obtido ilegalmente: "1º ano foi um inferno"

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  • Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2019 às 20:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo ABr

O ministro da Educação Abraham Weintraub publicou em seu Twitter um vídeo no qual explica as notas baixas que constam em seu boletim escolar vazado hoje na internet e viralizado nas redes sociais. Segundo o ministro, o boletim corresponde aos três primeiro semestres dele como aluno de ciências econômicas na Universidade de São Paulo (USP).  "Está circulando na internet o meu boletim dos primeiros três semestres na USP. Eu era muito jovem, entrei com 17 anos", diz o ministro no começo do vídeo. Na sequência, Weintraub confirmou a autenticidade do documento e destacou que ele foi obtido de forma ilegal. 

Segundo Weintraub "esse primeiro ano foi um inferno" por uma série de acontecimentos, que incluem o divórcio de seus pais, o Plano Collor - "minha família desmanchou" -, uma depressão contra a qual lutou e um "acidente horroroso que me obrigou a colocar parafuso no braço".  Ao mencionar o acidente e a cirurgia, o ministro abre a camisa no vídeo e aponta para uma cicatriz no ombro direito. "Fiquei seis meses sem poder escrever e só um professor me deixou fazer prova oral. Está aqui a cicatriz, 15 centímetros", explica.  O boletim vazado mostra que Weintraub recebeu nota 0,5 em "Introdução à Economia I", 2,0 em "Contabilidade e Análise de Balanço" e 0,0 em "Complementos de Matemática", matérias do primeiro semestre, cursado em 1989. No segundo semestre todas as matérias aparecem com nota 0, assim como as frequências de Weintraub às aulas. No terceiro, cursado em 1990 - ano em que foi anunciado o Plano Collor -, as notas sobem, sendo a maior o 7,0 obtido em "Contabilidade e Análise de Balanço".