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Complexo industrial que começou abrigando apenas setor petroquímico, hoje fabrica de automóveis a equipamentos eólicos
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2019 às 05:59
- Atualizado há um ano
De 29 de junho de 1978, quando começou a operar o então Polo Petroquímico de Camaçari, até hoje, muita coisa aconteceu e marcou a história do complexo e, consequentemente, da Bahia. Graças ao empreendimento, o estado adquiriu uma base industrial consistente e com conexão com o mercado global. Com a chegada da Ford, em 2001, o local mudou de nome e passou a ser denominado como Polo Industrial de Camaçari. O início da operação da montadora é o marco do início do processo de diversificação do complexo, com a implantação de novos setores industriais, a exemplo da ITF Chemical, em 2013, com produção de matérias-primas para fármacos, e com a inauguração do Complexo Acrílico a partir da fábrica da Basf, em 2015.
Em 41 anos, o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul transformou a economia baiana, que antes tinha uma base econômica essencialmente agrária. A prova desta transformação é que hoje, 41 anos depois e com mais de 90 empresas em operação, o complexo contribui com R$ 1 bilhão por ano em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o estado, representa mais de 30% das exportações baianas e é responsável por cerca de 22% do PIB da Industria de Transformação do estado. Os dados são do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic).
Com uma trajetória marcada pela diversificação industrial, influência na urbanização da Região Metropolitana de Salvador e geração de empregos, o futuro do Polo tem justamente como desafio ampliar sua competitividade para continuar como um grande indutor de desenvolvimento da Bahia.
1978 Início de Operação do Polo Petroquímico de Camaçari. A inauguração do complexo deu um Impulso no desenvolvimento industrial da Bahia, que tinha uma base econômica essencialmente agrária.
Nos anos 90, a Refinaria Landhulpo Alves e a Copene são ampliadas (Foto: Arquivo CORREIO) Década de 1990 há ampliação da capacidade de produção da Refinaria Landulpho Alves e da Copene para atender aos empreendimentos de segunda e terceira gerações do polo, além de atrair novas empresas. Chegada da indústria automotiva diversificou as atividades do Polo que deixou de ser só petroquímico (Foto: Arquivo CORREIO) 2001 implantação do segmento automotivo no Polo, que marcou a tendência de diversificação industrial do complexo, que passou a se caracterizar e denominar como Polo Industrial de Camaçari.
2002 Criação da Braskem, que marcou uma etapa de verticalização e adensamento do segmento petroquímico no Polo, com elevada escala produtiva e estratégia de atuação global.
2006 Inauguração da fábrica de pneus da Continental (primeira no Brasil) e início da implantação do segmento eólico, que mostraram o potencial de atratividade do complexo para diversos segmentos industriais.
2007 Inauguração da fábrica de pneus da Bridgestone, sua segunda unidade no Brasil. A escolha do complexo para abrigar a unidade esteve relacionada com a presença da Ford e da concorrente Continental.
2013 Inauguração da nova unidade ITF Chemical. O único fabricante de matéria-prima para fármacos do Polo viabiliza a comercialização de medicamentos para insuficiência renal crônica entre a Bahiafarma e o SUS.
2014 a ford Inaugura a primeira fábrica de motores da região Nordeste, após cerca de 11 anos de operação da montadora no Polo. O investimento de R$ 400 milhões gerou 300 empregos diretos. Chegada da Basf atraiu empresas como o Grupo O Boticário (Foto: Divulgação) 2015 Inauguração da nova fábrica da Basf impulsionou a fabricação de produtos finais, como fraldas descartáveis pela Kimberly Clark, que utiliza como matéria-prima o SAP feito pelo grupo alemão.
2018 realização do estudo da Cadeia Química/Petroquímica na Bahia, realizado pelo Senai/ Cimatec, por solicitação da Cofic. O objetivo era identificar pontos críticos e propor ações para alavancar a competitividade do Polo.
2019 Fase final da obra da primeira etapa do Cimatec Industrial, que contará com 11 galpões e dará atenção a áreas como Energia Eólica e Mecânica. A inauguração está prevista para o segundo semestre deste ano.