Morre em Salvador o jornalista João Carlos Teixeira Gomes

Ele havia pedido para que a bandeira do Bahia fosse colocada sobre seu caixão e terá desejo atendido

Publicado em 19 de junho de 2020 às 08:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Olívia Soares/Divulgação

Depois de uma semana internado no Hospital da Bahia, o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes, 84 anos, não resistiu e morreu na noite de quinta-feira (18). O corpo de Joca, como era conhecido, será cremado no Cemitério Bosque da Paz, por volta do meio-dia. Segundo amigos, ele teve um AVC no cerebelo há cerca de 3 anos e, desde então, sua saúde nunca mais foi a mesma. Nos últimos dias, ele estava muito fraquinho e precisou ser internado. No hospital, foi detectada uma pneumonia e ele acabou tendo falência múltipla dos órgãos. O cineasta Glauber Rocha e Joca eram grandes amigos (Foto: Acervo pessoal) Joca, que foi um dos maiores amigos de Glauber Rocha e João Ubaldo Ribeiro, era membro da Academia Baiana de Letras, onde ocupava a cadeira de número 15. Amiga do escritor há mais de 30 anos, a jornalista Olívia Soares conta que ele adorava o apelido, Joca, Pena de Aço, dado por um amigo, Dario Bittencourt. Tanto que lhe fez dois pedidos muito antes de morrer: "coloque a bandeira do Bahia sobre meu caixão e um cartaz com essa frase". "E será feito. Juca era apaixonado pelo Esporte Clube Bahia", completa Olívia. (Foto: Acervo pessoal) "Adeus, meu querido amigo João Carlos Teixeira Gomes, Joca, Pena de Aço. Que privilégio foi a nossa convivência. Joca é um exemplo para qualquer jornalista. Deixou de legado uma obra literária imensa, a exemplo da melhor biografia já escrita de Glauber Rocha. Fez a brava travessia. Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida", lamenta a amiga.