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Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 14:30
- Atualizado há 2 anos
Heleno Severo Alves, 84 anos, um dos baleados durante um ataque na Catedral Metropolitana de Campinas, na terça, morreu no Hospital Municipal Dr Mário Gatti, confirmou nesta quarta-feira (12) a prefeitura da cidade. O idoso passou por cirurgia depois de ser atigido por disparos nas regiões do tórax e abdômen, mas não sobreviveu. Além dele, outros quatro fiéis morreram na igreja. O atirador se suicidou ainda dentro da catedral.>
Os outros mortos por Euler Fernando Grandolpho foram identificados como Sidnei Vitor Monteiro, 39, José Eudes Gonzaga Ferreira, 68, Cristofer Gonçalves dos Santos, 38, e Elpídio Alves Coutinho, 67. Nesta quarta, a catedral reabriu com uma missa em memória das vítimas.>
Três outras pessoas foram feridas no ataque. Um homem de 64 anos foi atingido por dois tiros de raspão e foi atendido no Hospital Beneficência Portuguesa. Maria de Fátima Frazão Ferreira, 68 anos, foi baleada em uma das pernas, e está no Hospital da Unicamp. Jandira Prado Monteiro, 65, foi baleada no tórax e uma das mãos. Ela recebeu alta do Mário Gatti nessa tarde e foi para o velório do filho, Sidnei, uma das vítimas.>
Motivo ignorado A polícia ainda investiga o que motivou o atentado e estuda o trajeto que o atirador fez de casa, onde almoçou, até a igreja. Os investigadores já descobriram que ele mantinha um diário com placas de carro e informações de pessoas que o estariam perseguindo, com um perfil claramente paranoico. "Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso", disse ao G1 o delegado José Henrique Ventura, que está à frente do caso.>
Parentes já ouvidos pela polícia contaram que o atirador fez tratamento contra depressão. O pai, com quem ele morava, afirmou que não sabia que o filho tinha armas - duas foram achadas com ele na igreja, ambas com numerações raspadas.>
"A família hora nenhuma desconfiou que ele poderia ter alguma arma, ele nunca falou em arma, nunca foi visto com arma, às vezes quando estava depressivo tinha conversas estranhas, o que fazia com que eles temessem que pudesse cometer um suicidio", acrescenta o delegado.>
Na igreja, o atirador ficou sentado até se aproximar o final da missa que começou às 12h15 (horário de Brasília)."Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco", diz o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º Distrito. Três pessoas que sentaram atrás dele foram as primeiras baleadas - uma delas morreu. "Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele (atirador) parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça (...) Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou", explica.>