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Morre quinto baleado por atirador em ataque na Catedral de Campinas


 

Vítima foi operada em hospital, mas não resistiu aos ferimentos

  • Da Redação

Publicado em 12/12/2018 às 14:30:00
Atualizado em 19/04/2023 às 05:59:04
. Crédito: Foto: AFP

Heleno Severo Alves, 84 anos, um dos baleados durante um ataque na Catedral Metropolitana de Campinas, na terça, morreu no Hospital Municipal Dr Mário Gatti, confirmou nesta quarta-feira (12) a prefeitura da cidade. O idoso passou por cirurgia depois de ser atigido por disparos nas regiões do tórax e abdômen, mas não sobreviveu. Além dele, outros quatro fiéis morreram na igreja. O atirador se suicidou ainda dentro da catedral.

Os outros mortos por Euler Fernando Grandolpho foram identificados como Sidnei Vitor Monteiro, 39, José Eudes Gonzaga Ferreira, 68, Cristofer Gonçalves dos Santos, 38, e Elpídio Alves Coutinho, 67. Nesta quarta, a catedral reabriu com uma missa em memória das vítimas.

Três outras pessoas foram feridas no ataque. Um homem de 64 anos foi atingido por dois tiros de raspão e foi atendido no Hospital Beneficência Portuguesa. Maria de Fátima Frazão Ferreira, 68 anos, foi baleada em uma das pernas, e está no Hospital da Unicamp. Jandira Prado Monteiro, 65, foi baleada no tórax e uma das mãos. Ela recebeu alta do Mário Gatti nessa tarde e foi para o velório do filho, Sidnei, uma das vítimas.

Motivo ignorado A polícia ainda investiga o que motivou o atentado e estuda o trajeto que o atirador fez de casa, onde almoçou, até a igreja. Os investigadores já descobriram que ele mantinha um diário com placas de carro e  informações de pessoas que o estariam perseguindo, com um perfil claramente paranoico. "Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso", disse ao G1 o delegado José Henrique Ventura, que está à frente do caso.

Parentes já ouvidos pela polícia contaram que o atirador fez tratamento contra depressão. O pai, com quem ele morava, afirmou que não sabia que o filho tinha armas - duas foram achadas com ele na igreja, ambas com numerações raspadas.

"A família hora nenhuma desconfiou que ele poderia ter alguma arma, ele nunca falou em arma, nunca foi visto com arma, às vezes quando estava depressivo tinha conversas estranhas, o que fazia com que eles temessem que pudesse cometer um suicidio", acrescenta o delegado.

Na igreja, o atirador ficou sentado até se aproximar o final da missa que começou às 12h15 (horário de Brasília)."Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco", diz o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º Distrito. Três pessoas que sentaram atrás dele foram as primeiras baleadas - uma delas morreu.  "Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele (atirador) parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça (...) Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou", explica.