Mourão diz que prefere chamar ditadura de 'governo autoritário'

Afirmação foi durante um seminário organizado pela revista 'Voto' nesta quarta-feira (13)

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  • Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 09:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fabio Rodrigues/Agência Brasil

General, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o período da ditadura militar no Brasil foi um governo "autoritário". A afirmação foi durante um seminário organizado pela revista "Voto" nesta quarta-feira (13).

"Em 64 outra ruptura, na esteira da Guerra Fria e do movimento comunista internacional. Cai o governo do presidente João Goulart. E entramos naquele período que alguns chamam de ditadura militar. Eu prefiro chamar de governo de presidentes militares. Foi um governo autoritário. Autoritário sim. Exerceu o poder por meio do ato institucional número 5 por dez anos", afirmou Mourão.

Durante o discurso, o vice comemorou a alta do presidente. "temos a alegria e a satisfação de saber, que no início da tarde, nosso presidente, depois de toda a luta que travou pela saúde após o covarde atentado que sofreu ano passado, está retornando recuperado", disse.

Mourão falou ainda sobre a Reforma da Previdência e defendeu que ela seja realizada. "A reforma deverá atingir a todos, pares e ímpares, ninguém poderá ficar de fora", disse o general da reserva durante a abertura do Seminário de Abertura do Ano de 2019, da Revista Voto. 

O comentário ocorre em meio à discussão sobre como se dará a inclusão dos militares na reforma. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a equipe econômica do governo quer criar uma alíquota previdenciária para os militares. O texto final ainda deverá passar pela aprovação do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão também falou sobre a importância de abrir o diálogo e definir uma boa estratégia de comunicação com o Congresso e a sociedade para garantir a aprovação da proposta.

Durante sua fala, ele fez um apanhado histórico no qual criticou os governos do PT, culpando-os pelo desequilíbrio fiscal e pela crise política e econômica no Brasil. 

O vice-presidente afirmou que é preciso levar adiante as questões econômicas, entre elas as reformas previdenciária e tributária, além das questões da segurança pública. 

Ele avaliou que o sistema previdenciário atual é insustentável. "Se não precisamos fazer dívida para pagar salários e aposentadoria hoje, precisamos para que governo tenha atividades de custeio funcionando. Se governo não encarar essa questão de frente, em 2022, não faz mais nada além de pagar salário e aposentadoria", reforçou.