MP realiza operação contra organização criminosa liderada por policiais no Rio

Segundo o MP, 25 suspeitos já foram presos. Grupo é acusado corrupção, extorsão, concussão e peculato

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  • Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 08:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução / TV Globo

Na manhã desta quinta-feira (30), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizou uma operação que prendeu 25 suspeitos de extorquir dinheiro de pessoas envolvidas com atividades ilícitas. Apesar da alta quantia de presos, a operação pretende cumprir 48 mandados de prisão contra a organização criminosa liderada por policiais. Entre os 48 denunciados estão 24 policiais civis, seis policiais militares, dois bombeiros militares, um agente penitenciário e outras 15 pessoas que atuavam como informantes ou ajudantes dos policiais.

A operação é comandada por agentes do MP-RJ e da Secretaria de Segurança Pública do Rio, por meio do Gaeco, e a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Segundo informações da TV Globo e do portal de notícias G1, as investigações apontam que o setor que chefiava o grupo, denominado "Administração", era composto por duas pessoas: o delegado Rodrigo Sebastian Santoro Nunes e seu braço direito Delmo Fernandes Baptista Nunes, chefe do setor de investigações. Outro delegado com papel importante no esquema seria Thiago Luis Martins da Silva.

Segundo informações do Ministério Público, os suspeitos identificavam possíveis infratores da lei, bem como suas condições financeiras. Logos após eles realizavam batidas policiais contra eles, sempre com a intenção de flagrá-los cometendo crimes ou irregularidades administrativas. A partir daí, o grupo exigia uma quantia em dinheiro para que os infratores não fossem presos ou tivessem as mercadorias apreendidas e sofressem os devidos procedimentos legais. 

A denúncia registrada dizia que a organização criminosa fazia graves ameaças e até agredia fisicamente as vítimas. Em alguns casos, o grupo ainda desviava para si os objetos apreendidos com os alvos, para revenda. Os suspeitos foram denunciados por organização criminosa, corrupção, extorsão, concussão e peculato, entre outros crimes.