MPRJ denuncia suspeito de atirar bomba caseira em ato de Lula no Rio

André Stefano foi detido e autuado pelo crime de explosão

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2022 às 17:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: PCRJ/Divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o suspeito de ter arremessado uma espécie de bomba caseira durante um ato do Partido dos Trabalhadores, com a presença do pré-candidato Lula, na quinta-feira (7), no Centro do Rio.

André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos, foi detido e autuado pelo crime de explosão. Após jogar uma garrafa pet com um líquido que cheirava a fezes contra a multidão, o homem tentou fugir, mas foi detido pelos militares do 5º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com a Polícia Civil, ninguém se feriu.

Segundo testemunhas, o denunciado acendeu o pavio e arremessou o explosivo no meio do público.

A promotoria requereu a manutenção da prisão de André Stefano para garantia da ordem pública. "É importante que haja uma resposta dura a quaisquer atos que atentem contra a vida e a integridade física dos apoiadores de qualquer um dos possíveis candidatos, com o fim de coibir novos atos desta natureza, bem como o recrudescimento da violência física, à medida que o pleito se aproxima", destacou a promotoria em sua decisão, segundo o g1.

Suspeito

Durante sua audiência de custódia, André Stefano se apresentou como pescador, disse ser hipertenso e ter labirintite. A sua defesa solicitou à Justiça que a prisão em flagrante fosse convertida em provisória.

A magistrada considerou que a conversão da prisão em preventiva foi necessária pela violência ocorrida em um ato público. "O Brasil encontra-se em período pré-eleitoral de eleições gerais, momento em que os ânimos podem se acirrar, mostrando-se necessário o desestímulo de práticas de natureza violenta, não apenas para proteção das pessoas - objetivo primordial da intervenção do Estado-juiz -, mas também para garantia de manifestações livres de pensamento, que podem restar intimidadas por práticas violentas", escreveu a magistrada.

Em junho deste ano, na cidade de Uberlândia (MG), também em um evento com Lula, um drone foi utilizado para jogar um líquido malcheiroso sobre o público local. Na ocasião, três pessoas foram detidas. Eles informaram que a substância é utilizada na lavoura para atrair moscas. 

Os responsáveis foram liberados após assinarem Termo Circunstanciado de Ocorrência.