Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2022 às 18:55
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu um inquérito para apurar a denúncia de tortura dos patrões contra funcionários na loja do Centro de Salvador. Os trabalhadores dizem ter sofrido agressões e terem tido as mãos queimadas. Vídeos foram gravados pelos próprios suspeitos e postados em redes sociais.>
William, um dos funcionários, afirma que os patrões armaram uma emboscada para os jovens, que se dirigiram ao estabelecimento acreditando que seria um dia normal de trabalho. Ambos foram espancados e tiveram as mãos queimadas com os dizeres "A 171", em referência ao artigo 171 do Código Penal, que trata de estelionato.>
"Me bateram, me agrediram, queimaram minha mão com ferro de passar roupa e disseram que eu estava roubando nos dois meses que eu trabalhei na loja, me pedindo pra confessar e me gravando", disse à TV Bahia. "Depois de dois dias, meu colega foi agredido".>
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia afirma que abriu procedimento para apurar os detalhes. Nos próximos dias, será designado um procurador para o inquérito.>
O órgão deve solicitar informações para a Polícia Civil, e serão convocados os trabalhadores e o dono do estabelecimento.>
O delegado Willian Achan falou sobre o caso. "O primeiro acusado disse que ficou bastante chateado pela subtração, segundo ele, de um valor de R$ 30. A vítima alega que fazendo a limpeza achou esse dinheiro e seria entregue a ele. Ele não aceitou os argumentos dos ex-funcionários e de modo imprudente tentou fazer a lei com as próprias mãos. O interessante é que ele mesmo posta nas redes sociais o crime que ele praticou com outra pessoa. Enquanto um praticava o delito, o outro filmava, como um aviso para quem for praticar algum tipo de furto contra eles", disse à TV Bahia.>